Contos do velho Bartô - Cap 1

Cap 1: Volta a velha nova fantasia

Tudo era diferente, tudo havia mudado desde aquele fatídico dia que as crianças foram na casa do velho Bartolomeu Albuquerque, carinhosamente chamado de velho Bartô. Felipe estava foleando sua revista enquanto tomava seu leite logo pela manhã antes de sair de casa, mas seus pesamentos vagaram para dez anos atrás, quando ainda era uma criança, e brincava nesta mesma casa com amigos, porém algumas casas a frente da sua, morava um senhor meio ranzinza, aparentava ter seus 50 anos já e era um viúvo. Bartô tinha olhos negros, barba e cabelos brancos como neve, era um pouco gordo, o rosto já meio caído e sempre usava roupas de ficar em casa. Toda vez que uma criança tentasse chegar perto de sua calçada, era automaticamente chingado, e lá vinha o velho bartô com seu cabo de vassoura dizendo que ia pegar os pestes que pisavam em sua calçada.

As crianças amavam chegar perto da calçada, e em couro cantarolar para ele: “ Velho Bartô, sozinho é ! Quem perto da calçada chegar, sem braço na certa vai ficar !” Logo depois saiam correndo para fugir dos golpes do Bartô. E agora, dez anos depois, Felipe ria destes dias que conseguia irritar o velho, porém, o velho não se abstraiu da velha mania e ainda vinha com sua vassoura e chingamentos a quem se atrevesse a chegar perto de sua propriedade. Mas algo dentro desta história era diferente, algo que até hoje Filipe e seus dois outros amigos guardavam a sete chaves com o velho Bartolomeu, algo grandioso, que fez com que o coração do velho ranzinza se amolecece e começasse a aproximar Felipe e os amigos para perto do velho.

Igor Souza R
Enviado por Igor Souza R em 13/10/2009
Reeditado em 13/10/2009
Código do texto: T1862952
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