VIDA E LIDA DE UM "SERUMANINHO" NOTÁVEL
Grande perspicácia, prática de eventuais traquinices e uma aura que demonstra a existência de um enorme espírito humanitário, são as palavras que melhor expressam o teor descritivo das ideias e atitudes diárias advindas desse “serumaninho” notável, que é o principal personagem dos atos e fatos que compõem esse(s) causo(s) de conotação infantil que veremos a seguir.
Ele é uma figura humana fantástica: inteligente, carismático, divertido aos extremos e um pouco arteiro. Vive com seus pais e irmãos na Vila Macambiras, próximo à comunidade rural denominada Cafundós de Judas, e atende pelo codinome familiar e carinhoso de Pé no Bolo.
Desde muito pequeno, ou seja, a partir do momento que ele começou a engatinhar, nunca mais parou de aprontar as suas estripulias, contudo, nenhuma delas tem colocado em risco a sua integridade física, nem a das pessoas que o cercam.
Sua mãe tem de cor e salteado algumas traquinices praticadas por ele e uma de suas travessuras mais marcantes ocorreu no dia em que ele completou dois anos de idade.
Enquanto sua família e os convidados estavam ali, a postos, cantando a tradicional música “Parabéns a Você”, acabaram por testemunhar uma cena surpreendente.
Sem que ninguém percebesse, o aniversariante saiu da cadeira onde estava de pé, frente à mesa onde se encontrava o bolo de aniversário e, sutilmente, subiu nela como se fosse discursar. Ato contínuo, após se apoiar firmemente na sua mãe e, para demonstrar que estava muito feliz com sua festa de aniversário, pôs um dos seus pés sobre o bolo que estava ali à sua frente e sorriu em seguida.
As pessoas ali presentes ficaram perplexas com aquela cena inusitada, pararam de cantar e gritaram uníssonas:
- O garoto está com o pé no bolo!
Após testemunharem a ocorrência daquele momento raro, todas as pessoas sorriram, acompanhando, evidentemente, o aniversariante que já o fazia há mais tempo.
Aquela cena infantil, por certo, ficaria marcada por algum tempo na lembrança das pessoas que vivenciaram um momento comemorativo deveras diferenciado como aquele, sendo que para os pais desse garoto essa fora a razão principal da origem familiarmente carinhosa do seu codinome.
Algum tempo depois, o codinome dele, fruto dessa cena incomum ocorrida no seu aniversário, se tornaria bem mais popular tanto na sua comunidade quanto nas comunidades vizinhas e essa sua popularidade passaria a chamar mais a atenção até de pessoas de outros rincões.
Outrossim, tudo isso teria uma maior repercussão midiática regional a partir do dia em que alguém, bastante curioso e igualmente criativo, descobriu que a expressão “pé no bolo” nada mais era que o nome que fora formado pela junção das duas primeiras letras, das primeiras silabas, das quatro palavras que formam o prenome e o sobrenome, respectivamente, desse garoto, conforme estão grafados no seu RG, que é Péricles Norivaldo Boaventura Lopes.
A partir da ocorrência desses dois episódios excepcionais, ele ficou bastante conhecido, tanto no âmbito familiar, quanto no comunitário e, por extensão, no regional, pelo codinome de Pé no Bolo, sendo que mais tarde, em razão de sua aceitação inicial e consequente adoção final de forma natural, seu codinome se popularizou ainda mais.
Pé no Bolo, em que pese às suas ideias e atitudes de gente grande, ele é apenas um desses garotos muito espertos que não se cansa de praticar suas travessuras infantis, mas no âmago do seu ser ele é um garoto do bem, muito amigo e benquisto por todos.
Dentre as traquinices que constam do seu repertório pueril, uma semelhante àquela do dia de seu aniversário, teria acontecido quando ele quis dar um banho caseiro no seu gato de estimação.
No início dos preparativos para a realização dessa estripulia ele ficou bastante preocupado. Na verdade, ele não tinha uma noção exata de como procederia quando fosse "executar o serviço”. Tentaria, no mínimo, impedir que o seu gato lhe desse algumas unhadas.
Meio ansioso, mas já um pouco mais animado com o seu plano para o dia seguinte, tratou de dormir mais cedo nesse dia.
Antes de pegar no sono pôs-se a pensar no que poderia fazer dali para frente e acabou tendo uma brilhante ideia, que a confidenciou apenas para seus botões:
- Primeiro, pegarei uma toalha e um sabonete e, para ele não apanhar um resfriado à toa, calçarei umas botas nas patas dele – imaginou.
Dito e feito. No dia seguinte, antes que seus pais acordassem, Pé no Bolo apanhou dois pares de sapatos do seu irmão caçula, uma bacia de plástico, em seguida preparou um balde com água e partiu, finalmente, para a execução do seu plano.
- Mimi, venha cá, vamos conversar um pouco – disse ele – meio ofegante, alisando o dorso bem peludo do seu animal.
O coitado do gato, naquela sua inocência própria dos seres irracionais, chegou todo faceiro e se aconchegou no colo do seu dono mirim.
O garoto não se fez de rogado, tomou o animal em suas mãos, pegou carinhosamente cada uma das patas e foi colocando-as, delicadamente, em cada um dos sapatos, tendo o cuidado de amarrar os cadarços entre si.
Mimi, aquele gato muito dócil, acostumado com o carinho do seu pequeno dono, nem desconfiou que a partir daquele momento as suas patas seriam imobilizadas. Ele até permaneceu deitado, de forma descontraída, naquela bacia vazia onde seu dono o colocara minutos antes de começar a imobilizar suas patas.
Pé no Bolo aproveitou, por alguns instantes, o descuido e a descontração do seu gato, pegou cuidadosamente o balde que já estava cheio de água e despejou todo o conteúdo, de uma única vez, nas costas do pobre animal.
Muito assustado com o impacto causado por aquela água que fora despejada no seu corpo, o gato deu um pulo para o alto e caiu de corpo inteiro sobre um tapete felpudo existente ali.
Tão logo conseguisse se desvencilhar dos sapatos que prendiam as suas patas, ele tentaria, aos poucos, “higienizar” seu corpo com a própria língua. Enquanto isso, Pé no Bolo, meio chateado que ficou com aquela reação do seu animalzinho, colocou as mãos sobre a cabeça e, demonstrando estar com muito dó dele, murmurou:
- Desculpe-me, Mimi, eu não sabia que você não gostava de água um pouco fria. Eu prometo que da próxima vez irei mornar a água do seu banho - e esboçou um sorriso, ainda que fosse meio desconsolado.
Ele é uma figura humana fantástica: inteligente, carismático, divertido aos extremos e um pouco arteiro. Vive com seus pais e irmãos na Vila Macambiras, próximo à comunidade rural denominada Cafundós de Judas, e atende pelo codinome familiar e carinhoso de Pé no Bolo.
Desde muito pequeno, ou seja, a partir do momento que ele começou a engatinhar, nunca mais parou de aprontar as suas estripulias, contudo, nenhuma delas tem colocado em risco a sua integridade física, nem a das pessoas que o cercam.
Sua mãe tem de cor e salteado algumas traquinices praticadas por ele e uma de suas travessuras mais marcantes ocorreu no dia em que ele completou dois anos de idade.
Enquanto sua família e os convidados estavam ali, a postos, cantando a tradicional música “Parabéns a Você”, acabaram por testemunhar uma cena surpreendente.
Sem que ninguém percebesse, o aniversariante saiu da cadeira onde estava de pé, frente à mesa onde se encontrava o bolo de aniversário e, sutilmente, subiu nela como se fosse discursar. Ato contínuo, após se apoiar firmemente na sua mãe e, para demonstrar que estava muito feliz com sua festa de aniversário, pôs um dos seus pés sobre o bolo que estava ali à sua frente e sorriu em seguida.
As pessoas ali presentes ficaram perplexas com aquela cena inusitada, pararam de cantar e gritaram uníssonas:
- O garoto está com o pé no bolo!
Após testemunharem a ocorrência daquele momento raro, todas as pessoas sorriram, acompanhando, evidentemente, o aniversariante que já o fazia há mais tempo.
Aquela cena infantil, por certo, ficaria marcada por algum tempo na lembrança das pessoas que vivenciaram um momento comemorativo deveras diferenciado como aquele, sendo que para os pais desse garoto essa fora a razão principal da origem familiarmente carinhosa do seu codinome.
Algum tempo depois, o codinome dele, fruto dessa cena incomum ocorrida no seu aniversário, se tornaria bem mais popular tanto na sua comunidade quanto nas comunidades vizinhas e essa sua popularidade passaria a chamar mais a atenção até de pessoas de outros rincões.
Outrossim, tudo isso teria uma maior repercussão midiática regional a partir do dia em que alguém, bastante curioso e igualmente criativo, descobriu que a expressão “pé no bolo” nada mais era que o nome que fora formado pela junção das duas primeiras letras, das primeiras silabas, das quatro palavras que formam o prenome e o sobrenome, respectivamente, desse garoto, conforme estão grafados no seu RG, que é Péricles Norivaldo Boaventura Lopes.
A partir da ocorrência desses dois episódios excepcionais, ele ficou bastante conhecido, tanto no âmbito familiar, quanto no comunitário e, por extensão, no regional, pelo codinome de Pé no Bolo, sendo que mais tarde, em razão de sua aceitação inicial e consequente adoção final de forma natural, seu codinome se popularizou ainda mais.
Pé no Bolo, em que pese às suas ideias e atitudes de gente grande, ele é apenas um desses garotos muito espertos que não se cansa de praticar suas travessuras infantis, mas no âmago do seu ser ele é um garoto do bem, muito amigo e benquisto por todos.
Dentre as traquinices que constam do seu repertório pueril, uma semelhante àquela do dia de seu aniversário, teria acontecido quando ele quis dar um banho caseiro no seu gato de estimação.
No início dos preparativos para a realização dessa estripulia ele ficou bastante preocupado. Na verdade, ele não tinha uma noção exata de como procederia quando fosse "executar o serviço”. Tentaria, no mínimo, impedir que o seu gato lhe desse algumas unhadas.
Meio ansioso, mas já um pouco mais animado com o seu plano para o dia seguinte, tratou de dormir mais cedo nesse dia.
Antes de pegar no sono pôs-se a pensar no que poderia fazer dali para frente e acabou tendo uma brilhante ideia, que a confidenciou apenas para seus botões:
- Primeiro, pegarei uma toalha e um sabonete e, para ele não apanhar um resfriado à toa, calçarei umas botas nas patas dele – imaginou.
Dito e feito. No dia seguinte, antes que seus pais acordassem, Pé no Bolo apanhou dois pares de sapatos do seu irmão caçula, uma bacia de plástico, em seguida preparou um balde com água e partiu, finalmente, para a execução do seu plano.
- Mimi, venha cá, vamos conversar um pouco – disse ele – meio ofegante, alisando o dorso bem peludo do seu animal.
O coitado do gato, naquela sua inocência própria dos seres irracionais, chegou todo faceiro e se aconchegou no colo do seu dono mirim.
O garoto não se fez de rogado, tomou o animal em suas mãos, pegou carinhosamente cada uma das patas e foi colocando-as, delicadamente, em cada um dos sapatos, tendo o cuidado de amarrar os cadarços entre si.
Mimi, aquele gato muito dócil, acostumado com o carinho do seu pequeno dono, nem desconfiou que a partir daquele momento as suas patas seriam imobilizadas. Ele até permaneceu deitado, de forma descontraída, naquela bacia vazia onde seu dono o colocara minutos antes de começar a imobilizar suas patas.
Pé no Bolo aproveitou, por alguns instantes, o descuido e a descontração do seu gato, pegou cuidadosamente o balde que já estava cheio de água e despejou todo o conteúdo, de uma única vez, nas costas do pobre animal.
Muito assustado com o impacto causado por aquela água que fora despejada no seu corpo, o gato deu um pulo para o alto e caiu de corpo inteiro sobre um tapete felpudo existente ali.
Tão logo conseguisse se desvencilhar dos sapatos que prendiam as suas patas, ele tentaria, aos poucos, “higienizar” seu corpo com a própria língua. Enquanto isso, Pé no Bolo, meio chateado que ficou com aquela reação do seu animalzinho, colocou as mãos sobre a cabeça e, demonstrando estar com muito dó dele, murmurou:
- Desculpe-me, Mimi, eu não sabia que você não gostava de água um pouco fria. Eu prometo que da próxima vez irei mornar a água do seu banho - e esboçou um sorriso, ainda que fosse meio desconsolado.