A MARATONA

Era uma tarde gelada.

Do lado brasileiro, na TriFronteira, o denso nevoeiro descia anunciando a queda  da temperatura. Vento sul nada aconchegante.

 

A esperada maratona aconteceria em Bernardo de Irigoyen, na Argentina. Menos de um quilômetro separam

a residência de Madalena, minha querida neta,  e a cidade do País vizinho onde estuda.

 

Tudo pronto, fomos até a quadra onde as crianças de todas as idades se reuniam com os pais, professores e organizadores do grande evento. Muitas instruções foram dadas aos participantes e tudo na língua espanhola. Reinava a alegria.

 

Depois de algum tempo, maratonistas  e observadores seguiram até um campo de futebol para mais instruções. Drones garantiam os registros pelos ares.

 

Dado o sinal de partida... crianças sairam correndo pelo trajeto de um quilômetro. Pais orgulhosos  corriam, também. O caminho era íngrime, cheio de subidinhas e barrancos. A terra vermelha misturava-se ao uniforme da criançada.

Madalena passou por papai, mamãe e vovó como um foguetinho. Coragem, determinação e pernas compridas garatiram o percurso.

 

Os pequeninos, também, seguiam... não importava a hora da chegada. Participar era preciso!

 

Não havia pódio para os primeiros, mas o trono para todas as crianças recebidas e acolhidas pelos seus mestres, com o adorno das medalhas  no pescoço, resultado do trabalho conjunto, sem competições e de mãos dadas.

A vitória do coletivo!

 

Comemoração com muitas frutas, água e suco.

O frio continuava soprando a sua alegria sobre as crianças brasileiras e argentinas, irmanadas num só propósito.

 

 

 

"Educar é um ato de amor."

                       Dom Bosco