COM O DEDINHO NO TECLADO
Celso era um estudioso de matemática e física. Durante mais de uma década lecionou essas matérias na PUC – Curitiba. Durante um tempo dedicou-se ao estudo de Fractais e produziu no computador figuras muito coloridas e belas a partir de equações matemáticas. Alguns desses trabalhos, de grande apelo estético, foram parar em molduras que decoraram as casas de familiares.
Lembro-me de que para obter esses desenhos, iniciava o cálculo no computador à tarde e só tinha o resultado no dia seguinte, ficando a máquina a trabalhar durante toda a noite. Convenhamos que naquela época os aparelhos eram menos eficientes que os de hoje.
Em uma noite de sábado, quando o computador trabalhava com uma dessas difíceis equações e, provavelmente, iria varar a noite em cálculos, eis que chega a Helena, sua filha, com as pequenas netas, Mariana e Fernanda. Celso e eu fomos para a cozinha preparar um lanche, enquanto Helena e Mariana permaneciam na sala. Fernanda, então com 3 aninhos foi explorar a casa. Quando entrou no escritório, viu o computador ligado, aquela máquina infernal! Não resistiu à tentação de mexer no teclado, colocando a perder o trabalho de um dia e uma noite.
Celso era particularmente ciumento de seu Desk Top. Não gostava que ninguém tocasse nele, pois ali guardava os trabalhos de uma vida. Aliás, até eu, sua esposa, não me sentia confortável em fazer qualquer coisa naquela máquina pois sabia que ela continha ciência pura.
Ele, quando descobriu que seu exaustivo trabalho se perdera, não ficou zangado com a neta, de nada adiantaria. Sorriu e enfrentou com bom humor o acontecido. Gostava até de contar o episódio para outras pessoas.
Quando descoberta na daninheza, foi Fernanda que ficou encabulada, porém era muito pequena para avaliar o dano que causara. Depois de crescida, quando ia à nossa casa, o avô sempre lhe falava:
- Não quero dedinho no teclado!
Mas, por precaução, mantinha a porta do escritório fechada, pois havia muitas outras crianças pequenas na família...
Celso era um estudioso de matemática e física. Durante mais de uma década lecionou essas matérias na PUC – Curitiba. Durante um tempo dedicou-se ao estudo de Fractais e produziu no computador figuras muito coloridas e belas a partir de equações matemáticas. Alguns desses trabalhos, de grande apelo estético, foram parar em molduras que decoraram as casas de familiares.
Lembro-me de que para obter esses desenhos, iniciava o cálculo no computador à tarde e só tinha o resultado no dia seguinte, ficando a máquina a trabalhar durante toda a noite. Convenhamos que naquela época os aparelhos eram menos eficientes que os de hoje.
Em uma noite de sábado, quando o computador trabalhava com uma dessas difíceis equações e, provavelmente, iria varar a noite em cálculos, eis que chega a Helena, sua filha, com as pequenas netas, Mariana e Fernanda. Celso e eu fomos para a cozinha preparar um lanche, enquanto Helena e Mariana permaneciam na sala. Fernanda, então com 3 aninhos foi explorar a casa. Quando entrou no escritório, viu o computador ligado, aquela máquina infernal! Não resistiu à tentação de mexer no teclado, colocando a perder o trabalho de um dia e uma noite.
Celso era particularmente ciumento de seu Desk Top. Não gostava que ninguém tocasse nele, pois ali guardava os trabalhos de uma vida. Aliás, até eu, sua esposa, não me sentia confortável em fazer qualquer coisa naquela máquina pois sabia que ela continha ciência pura.
Ele, quando descobriu que seu exaustivo trabalho se perdera, não ficou zangado com a neta, de nada adiantaria. Sorriu e enfrentou com bom humor o acontecido. Gostava até de contar o episódio para outras pessoas.
Quando descoberta na daninheza, foi Fernanda que ficou encabulada, porém era muito pequena para avaliar o dano que causara. Depois de crescida, quando ia à nossa casa, o avô sempre lhe falava:
- Não quero dedinho no teclado!
Mas, por precaução, mantinha a porta do escritório fechada, pois havia muitas outras crianças pequenas na família...