A PULGUINHA LIRA
Caramba. Que noite!
Empurraram-me tanto de um lado para o outro
Não me deixaram dormir
Quando enfim eu me equilibrava no quentinho dos pelos do Bob
Umas unhas afiadas me tiravam de lá
Num frio daqueles e a todo o momento eu era acordado
Que fim!
Reclamava a pulguinha Lira saltitante nos pelos do filhote Bob
- Ei cãozinho, se você é pequeno eu também sou
- Preciso de um lugar quentinho
- Estou congelando
- E tem outra, ninguém corta suas unhas não?
- Por que se coça tanto?
- Minhas garras são minúsculas e vai acabar me machucando
- E não quero chamar você para briga, mesmo porque você nunca iria me acertar
- He He He
O cãozinho Bob já irritado de tanto se coçar começa a girar no chão do quintal e perde o equilíbrio caindo dentro de uma poça de lama.
Tadinha da pulguinha.
- Ah! Onde estou? Minha cabeça dói
- Ainda bem que segurei firme e não caí, grudei mais ainda em Bob
- Minhas garras são melhores do que as dele
- Ah não, o que é esse tal de Petshop?
- Não estou gostando disso
- Estou escorregando, tem sabão aqui
- Atchim!
- Era só o que faltava, estou ficando resfriado
- Atchim!
- Ei pára, estou num disco voador
- Não sei voar, sei pular
- Que luta, mas venci!
- Ufa, terminou
- Depois de um dia atribulado, nada como um descanso merecido
- Ah! Outra noite daquelas
- Estou quebrado
- Mais uma noite sem dormir
- Ei Bob, vê se enxerga
- Sou alérgico
- Atchim!