Lucinda
Cabelo vermelho,
Espevitado como só,
Andava ligeiro, feito coelho,
Tantos passos, davam nó.
Quando ia para a escola,
Usava o vestido cor de rosa.
Coberta de sardas e toda prosa,
Esquecia a roda e jogava bola.
Vez em quando chorava,
Vez em quando ria.
Infeliz nunca se achava,
Nem de susto caía.
Sabia da força da alegria,
Rodopiava, pulava, luzia.
Neste mundo louco tinha quem dizia:
"Pare com isto guria!"
Mas ela,
Ela não podia.
Conduzia a vida para ser bela,
Caminhava provando da luz do dia.
Cabelo vermelho,
Espevitado como só,
Andava ligeiro, feito coelho,
Tantos passos, davam nó.
Quando ia para a escola,
Usava o vestido cor de rosa.
Coberta de sardas e toda prosa,
Esquecia a roda e jogava bola.
Vez em quando chorava,
Vez em quando ria.
Infeliz nunca se achava,
Nem de susto caía.
Sabia da força da alegria,
Rodopiava, pulava, luzia.
Neste mundo louco tinha quem dizia:
"Pare com isto guria!"
Mas ela,
Ela não podia.
Conduzia a vida para ser bela,
Caminhava provando da luz do dia.