Esperança
Esperança
Augusta Schimidt
No frescor das folhas verdes
Verdes de ver e sentir
Alimenta-se Esperança
A espera do porvir
Descansa então Esperança,
Pois mais pousa do que vive
Seu tempo é curto
Traz a sorte, enquanto espera a morte
Com pequeno par de antenas
E pernas posteriores bem fortes
É capaz de grandes saltos
Em busca da sua sorte
Esperança quando adulta
Vive apenas um verão
No outono põe ovos na terra
Que sobrevivem a estação
Chega o inverno, pobre Esperança
Tanto é o frio da estação
Não resiste o inseto
Morre nesta ocasião.
Campinas/maio/2012 – do livro : Bisbilhotando Bicho