Cigarras cantoras

Todos os dias às 12h, lá estava a condução buzinando no portão de nossa casa. Estava chegando da escola a nossa pequena Maria.

Chegava bem cansada e quase não conseguia tomar banho e almoçar ainda acordada.

O cochilo estava garantido, pois a manhã inteirinha com os amiguinhos consumia todas as  energias até serem repostas com uma bela soneca após o almoço.

No verão, as cigarras se acomodam nas árvores do jardim e anunciam o dia com suas cantorias.

Uma coisa interessante, é que sempre no horário do meio dia elas cantavam mais forte e a mamãe dizia que era para embalar o meu soninho.

Quando o inverno chegou, as cigarras deram lugar aos sapos que passaram a embalar os sonos mais longos, junto com a chuva.

Assim a pequena Maria aprendeu que para cada estação tem um bichinho diferente e assim a vida acontece para os animais, para as plantas e para nós humanos.
Amélia Aragão
Enviado por Amélia Aragão em 12/01/2012
Reeditado em 12/01/2012
Código do texto: T3435793
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