SE EU FOSSE ESCRITOR
Ah! Se eu fosse escritor...
Quanta beleza criaria!
Usando poucos sinais e simples letrinhas,
Da ponta dos dedos;
Nasceria um mundo sem medos.
Cada ponto a finalizar...
A vírgula a pausar...
O ponto e vírgula vem preguiçoso,
E a interrogação a questionar.
Vocês poderiam imaginar?
Quão fantástico seria!
Poder entregar ao mundo
Toda essa magia?
No isolamento dos parênteses,
No diálogo indicado pelo travessão,
Na interrupção das reticências,
Na emoção que mostra...
A nossa exclamação.
Ah! Eu antevejo...
A alegria de escrever!
Usando sinais para marcar pausa e melodia,
Enfatizando toda essa poesia.
Então me pego usando as aspas,
Para isolar uma citação,
Ou estranha expressão,
E percebo no fim da redação
Que só faltava mesmo a bendita pontuação.