**ANO VELHO E ANO NOVO MEDEM FORÇA**



               




Era uma vez...


...no Reino Mágico da Esperança, um garotinho rabugento e teimoso que se chamava Nino. Ele mal acabara de nascer e já começara a criar problemas com a maioria das pessoas do Reino.


Certa tarde ele estava descansando na sua caminha quando escutou uma conversa entre os seus pais:


- Luís, você está sabendo que o nosso filhinho Nino, foi escolhido pelo Rei para substituir o Ano Velho, falou dona Luz ao seu esposo Raio .
 

- Eu sei,mulher ,mas não posso fazer nada a não ser entregar o nosso filho ao Rei pois nós sabemos que ele é muito exigente e não perdoa a quem recusar, respondeu o pai com os olhos cheios de lágrimas.


Nino, muito vaidoso, escutou a conversa dos pais, pulou da sua caminha e saiu bem escondidinho , indo  à casa do Ano Velho. Lá chegando, ele entrou sem mesmo bater na porta ou pedir licença , encontrou o Ano Velho sentadinho, cansado, limpando a ampulheta que iria entregar ao Ano Novo, e foi logo dizendo:


- Já estou sabendo,Ano Velho! Ouvi a conversa entre o papai e a mamãe e sei que serei eu quem substituirá você, portanto me dê logo a ampulheta que eu já vou me sentar no trono.


Ano Velho, calmo e paciente, tentou fazer com que ele entendesse que ele só poderia ficar com a ampulheta e o trono quando o relógio batesse as últimas badaladas do dia 31. Falou cam brandura e mansidão mas o Nino não quís saber de conversa, pulou sobre o Ano Velho, fazendo cair a sua cartola, segurou a ampulheta com as duas mãos e começou a gritar:


- Me dê logo,seu velho chato, a vez agora minha!


Ano Velho teve que lutar muito e tentar se equilibrar para não cair pois o danadinho do Ano Novo tinha uma força que dava inveja a qualquer um.


E assim eles ficaram horas e horas até que o relógio tocou as últimas badaladas do dia 31 de dezembro, o Ano Velho caiu exausto, e o Ano Novo, todo vaidoso saiu com o narizinho arrebitado, sentou-se no trono que agora lhe pertencia ,empunhando a ampulheta com a qual maracaria dia após dia do seu reinado.
 

Nem precisava ele tratar o Ano Velho desta maneira não é mesmo? Afinal de contas ele seria mesmo o substituto... 


Devemos amar e respeitar os mais velhos e tratá-los com muito carinho.


bjs,soninha

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Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 31/12/2010
Reeditado em 31/12/2012
Código do texto: T2702178
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