ENQUANTO O SOL SE PÕE

Enquanto as nuvens passeiam na imensidão,
Despedem-se da última tarde outonal,
A pluma da saudade acaricia o meu coração.

Saudade do teu olhar me procurando no vão,
Da pressão dos teus seios, do teu jeito sensual,
Dos prolongados êxtases que não se repetirão.

Enquanto o sol se põe numa beleza divinal,

Ouço um bater de asas ou dos seus passos que vão...


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CARÊNCIA

Já lá se vai o outono
e eu, aqui, emabandono,
procuro por ti, mas em vão.

 Te foste de mim sem adeus
levando os sonhos meus...
Grande, enorme é a solidão.

 Recolhem-se as aves aos ninhos.

 Sou menino passarinho.

(HLuna)