SEM NEURAS...
Cale-se deste bardo a pobre lira
– do menestrel a voz se dê silente,
que de ilusões irei sair da mira.
Vou dar-me tempo, ir-me já embora,
de ti levando, sempre, eternamente,
lembranças indeléveis, mundo a fora.
A mim, só meu silêncio por vindita...
Sem neuras ou transtornos ou desdita.
Fort., 25/04/2012.