BAILADO DE OLHOS
O meu olho nos teus encafurnou-se,
absorto, oblongo, seta encompridada,
mastigando o sabor da fruta doce.
Impassível e quedo, o teu semblante
abriu-se, então contente, na cilada
do meu rosto, já muito mais amante.
Nossos olhos, enfim, dançantes puas.
E dois corpos, após, com almas nuas.
Fort., 11/12/2011.