A NINGUÉM
Oh ninguém de quem todos falam e nenhuma pessoa vê...
Tu que estás ao lado do nada resgate-me de coisa alguma...
E traga-me belos inexistentes ao meu jardim vazio...
O mundo é feito de tanta coisa e tu és coisa nenhuma...
Como podes ser, ante toda a inexpressividade?
Serias tu, como o sal que perde seu sabor?
Como engraxates num mundo descalço...
Como violetas num mundo sem cor...