As Peripécias do Legendário Bulk Flatulento 2 - Pizzaria (parte 1).

As Peripécias do Legendário Bulk Flatulento 2 - Pizzaria (parte 1).

Sexta-feira. Dia de farra. Resolvemos ir a uma pizzaria. Às 8:00 da noite saímos Bulk, Beto, Rodrigo, Júnior, Osmar e eu.

-Ô garçom, desce pizza aqui! – disse Bulk exasperado.

-Pois não senhor. Temos de mussarela, presunto, tomate seco e calabresa. Qual o senhor quer?

-Todos. Ah, a lingüiça... ela está inteira?

-Infelizmente não, senhor. – respondeu o garçom, espantado pelo enorme apetite e estranho gosto por lingüiças de meu amigo.

-Então pega uma inteira lá pra mim! – disse Bulk, lambendo maliciosamente os beiços.

Lá pelo 23° pedaço de pizza (e oitava ou nona calabresa), uma nuvem de gases letais, semelhante àquela do ponto de ônibus, foi expelida por Bulk de modo deveras sonoro. No instante em que notaram tal fato, o casal de filhos de uma feliz família, com uma expressão assustada no rosto, perguntaram em uníssono:

-O quê... o quê foi isso, pai? Pai? PAI!!!

O pai da família (de nome Ernesto, se não me engano) havia desmaiado, envenenado pelos vapores intestinais de meu amigo. Mais do que depressa, foi levado ao hospital.

-Pô Bulk, vê se pega leve com essa tua bunda gorda – reclamou Humberto.

-A culpa é de vocês! Se vocês não tivessem prendido a respiração e cheirado a parte de vocês, ele não tinha recebido uma sobrecarga. – retrucou Bulk.

-Teria. – disse.

-O quê?

-Ele não “tinha” recebido, ele “teria” recebido.

-Ahn... tanto faz. Vou cagar.

Após o flatulento incidente, duas outras famílias, além da envolvida, haviam se retirado da pizzaria, mas, ainda assim, o estabelecimento continuava bem cheio.

Ao chegar na porta do banheiro, ele encontrou um daqueles caras que ficam na porta dos banheiros, pra dar a chave.

-Ô chefe, dá a chave aí, por favor.

Furioso com nosso herói pelo papelão que fez, e notando também sua angústia e desespero crescentes, ele resolveu pregar-lhe uma peça que julgou ser inofensiva: deu a chave errada a ele.

Desesperado, tentando abrir a porta o mais rápido possível, inconscientemente Bulk relaxa o sfincter e outro flato escapa de seu imenso anus, digo, séculus. Consciente do mac que havia liberado, o rapaz deu a chave certa ao garoto, contudo, já era tarde demais: outras cinco famílias haviam ido embora, assustadas pelas paredes e vidraças que tremeram, trincaram e quebraram pela ribombante e gutural flatulência emitida por nosso amigo.

Já dentro do banheiro, Bulk sentiu-se em casa, e com rapidez quase sobre-humana, despiu-se das calças e da cueca, sentou-se no vaso e começou a obrar, com um urro assustador de alívio, que ecoou pelo estreito corredor que levava ao banheiro e inundou o salão:

-Ahhhhhhhhhhhhhhhh!