Economia
Fui ao supermercado e comprei um pacote de papel higiênico com 10 rolos cada.
Papel higiênico especial, bem entendido.
Daquele que vem não com desenhos, mas com frases feitas.
Frases que você pode ficar lendo enquanto obra,
copia e depois aproveita para colocar na sua obra escrita.
Saiu barato porque é um papel higiênico mais caro,
porém com dupla finalidade.
O custo é menor do que se eu usasse frases prontas de autores conhecidos.
Daí teria de pagar direitos autorais quando as usasse.
A primeira do primeiro rolo, apesar de servir para muita coisa,
calhou justamente com minha atual condição de citador.
Ei-la: "Dei meu grito do Ipiranga."
Significa, pois, que proclamei minha independência em relação aos autores que costumava citar.
Agora uso as frases feitas impressas no papel higiênico e depois ele mesmo.
Acredito ter feito um ótimo negócio.
Ainda mais que o supermercado não aceita devolução ou troca de frases usadas.
Não preciso explicar o motivo, certo?
Por sorte, ainda não comecei a me arrepender da compra.
Mas quando isso ocorrer, já tenho em mãos a segunda frase feita desse mesmo primeiro rolo.
“Arrependimento não mata, só mostra o quanto você foi idiota.”
Você, quem?
Essa eu não entendi direito...