Pirâmide lá, pirâmide cá...

Apesar da enorme distância temporal, geográfica e gramatical entre pirâmides egípcias e pirâmides brasileiras, em ambos os casos havia um faraó no meio (ou mais de um, depende) e tesouros incalculáveis também.

No caso do Egito, aos poucos os pesquisadores foram recuperando todo aquele material precioso enterrado com os faraós mumificados e desde muito tempo vários tesouros antiquíssimos se encontram expostos à apreciação pública em museus e instituições, sendo admirados por sua arte, engenhosidade e beleza.

No caso da pirâmide financeira do faraó das criptomoedas, quem colocou dinheiro naquele túmulo (ou buraco sem fundo, pensando melhor) dificilmente terá seu tesouro recuperado, além de ficar exposto ao ridículo por conta da ambição e ingenuidade. Como ocorreu lá, o tempo das vacas magras também se verificou cá. E pode ser que as vacas daqui, mesmo magras, jamais retornem ao pasto do dono.

Não serve de consolo para quem enterrou dinheiro na pirâmide, claro, mas há outra coisa a unir egípcios e brasileiros nesse caso. Se eles tinham governantes com nomes estranhos para nós, como Ramsés, Tutmés ou Tutancâmon, por outro lado temos o nosso Klaydson ou coisa parecida...

"Nosso Klaydson? Me tira fora dessa que nunca investi em criptomoedas: eu me contento muito bem com 1% de juros ao mês em LCA, LCI ou CDB, tá sabendo? Só aplico dinheiro com gente séria."

Tá muito certo você. Caso quisesse ganhar líquido 1,3% ao mês, lá do meu trabalho tem um certo Uewerton...

"Juros de 1,3% líquidos, é mesmo? Por acaso você tem o telefone dele?"

Claro que tenho. Também tenho o código do PIX, se precisar...