CHICO BUARQUE - PERDÃO
Com açúcar, com afeto (SÓ UM POUQUINHO)
Fiz seu doce predileto (ERA O QUE TINHA EM CASA)
Pra você parar em casa (SÓ DE TARDE, DE MANHÃ ME ATRAPALHA)
Qual o quê! (COME LOGO E VAI)
Com seu terno mais bonito (ÚNICO)
Você sai, não acredito (GRAÇAS À DEUS SAIU)
Quando diz que não se atrasa (TÁ BOM, EU FINJO QUE ACREDTIO)
Você diz que é um operário (OPERA MARAVILHAS ENTRE OUTRAS COXAS)
Sai em busca do salário (MICHÊ)
Pra poder me sustentar (UMA NINHARIA)
Qual o quê! ( AFF!!!)
No caminho da oficina (PROSTÍBULO MUDOU DE NOME)
Existe um bar em cada esquina (PRA ATENDER A CLIENTELA DA CAFETINA)
Pra você comemorar (E COMO, CACHORRO!)
Sei lá o quê! (EU BEM SEI )
Sei que alguém vai sentar junto (NO COLO)
Você vai puxar assunto (JUNTO COM UMA PINGA PRA RELAXAR)
Discutindo futebol (BOLA NA TRAVE, ELA ABRIU, GOOOL!)
E ficar olhando as saias (POR DEBAIXO DELAS)
De quem vive pelas praias (DESMAIADO DE BÊBADO)
Coloridas pelo sol (TÃO ÉBRIO, QUE NEM SABE ONDE ESTÁ, IMAGINA VER CORES)
Vem a noite e mais um copo (VÁRIOS)
Sei que alegre ma non tropo (BEBUM)
Você vai querer cantar (QUALQUER COISA COM A LÍNGUA BEM EMBRULHADA)
Na caixinha um novo amigo (CARA QUERENDO SE DAR BEM, NO BOLSO DO COLEGA)
Vai bater um samba antigo (UM TANGO...TORNEI-ME UM ÉBRIO, E NA BEBIDA BUSCO ESQUECER...)
Pra você rememorar (NÃO LEMBRA DE MAIS NADA)
Quando a noite enfim lhe cansa (DESMAIA)
Você vem feito criança (ALGUÉM DESPACHA NA MINHA PORTA)
Pra chorar o meu perdão (SEM CHANCE)
Qual o quê! (VÁ SE CATAR)
Diz pra eu não ficar sentida (PUTZ...)
Diz que vai mudar de vida (VAI NASCER DE NOVO)
Pra agradar meu coração (E EU LÁ QUERO ISSO)
E ao lhe ver assim cansado (QUASE EM COMA)
Maltrapilho e maltratado (SUJO)
Ainda quis me aborrecer (JÁ DESISTI)
Qual o quê! (ENFIM!)
Logo vou esquentar seu prato (ATÉ QUEIMAR A LÍNGUA)
Dou um beijo em seu retrato (CUSPO)
E abro os meus braços pra você ( PRA JOGAR VOCÊ FORA)
(Interagindo, invadindo e dando uma nova interpretação, sem licença, para maravilhosa letra da música de Chico Buarque)
É só uma brincadeira bem humorada
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2015.
Editado e republicado