DA BOA (republicação)
Em um banheiro de colégio:
- E aí véio. Toma aí, essa é da boa.
- Pô cara não sei não.
- Vamo pega aí. Pode confiá.
- É dá boa mesmo?
- Fala baixo. Essa aqui é qualidade total, vamo pega logo.
- Valeu cara, brigadão.
- Você não vai? ... Você sabe.
- Vô, vô sim.
- Então vamos, o que ce tá esperando? Experimenta logo a mercadoria, ou vai esperar chegar alguém?
- Calma! Já vou vê ce essa é da boa mesmo.
Instantes.
- E aí? Gostou?
- Calma deixa eu apreciar um pouco a mercadoria.
- Vamos logo véio.
- To indo...Hum...Hum...
- Hum???
- Uau!
- E aí?
- Que viagem...Ce tem razão essa é de primeira. Que bom. Que sensação maravilhosa. Hum...Hum...
- Então ce gostou?
- Adorei. Adorei. Nunca experimentei uma tão boa. Nunca...Eu quero mais.
- Calma.
- Libera mais uma aí, vamo cara, libera aí.
- Calma véio, calma.
- Pó não me vem com essa não, ce chega com uma mercadoria dessas, de responsa, de qualidade, da boa mesmo, e só me libera uma, ce ta de sacanage.
- Sinto muito, mais acabou, era a última, pode batê uma geral, to limpo, não tenho mais nada.
- Sacanage.
- Bom, é melhor a gente saí fora antes que chegue alguém.
- É isso aí, vamos nessa, mas antes ce tem que me falá uma coisa.
- O que?
- Ce promete que fala?
- Vamos logo... Temos que sair daqui logo.
- Vamos mas só se ocê dizê que promete que vai falá?
- Tá bom eu prometo, mas, vamo embora logo, antes que chega alguém.
- Onde ce comprou essa bala?