Vai tomar... naquele lugar!
A semana passada foi pródiga em surreais situações tragicômicas protagonizadas pela magistratura brasileira (ainda bem que já renunciei da minha cidadania).
Primeiro foi a jornalista, inclinada a esquerda caviar, que se sentiu ofendida porque seu Jair disse que "ela queria dar o furo".
Eu entendi que ele se referia que a tal jornalista quisesse dar o furo de reportagem.
Dai, a magistrada entendeu que a jornalista se referia ao próprio anus como se fosse o dela também e de todas as mulheres. E aplicou não sei quanto de indenização ao falastrão Presidente. É a pérola da obtusidade mental do que seja o politicamente correto.
Ninguém se refere ao próprio anus como furo. Furico talvez.
Depois vimos o senador "cara de paisagem" reclamar de um assessor bolsonarista de seu Jair fazer o gesto próprio de supremacistas da Klu Klux Klan. E tomou medidas repressivas a respeito.
O pseudo supremacista branco fez o clássico circulo com o dedo indicador e o polegar, emoldurado pela lapela do paletó.
Era coisa mais natural, se estivéssemos em algum lugar socializando (sala de aula, por exemplo) e se alguém dissesse algo que não agradasse, discretamente fazíamos o tal gesto, geralmente segurando o botão da camisa, significando que a pessoa fosse tomar... naquele lugar.
Acreditem ou não, Henfil já desenhava isso e o tap-tap nos tempos áureos da ditadura!
A partir de agora todo afro-brazuca que fizer o tal gesto da rosquinha é um supremacista branco. Devo rir ou me envergonhar de ser brasileiro?
Claro, quem me lê, sabe o verdadeiro significado desses dois episódios.
Mas como já cantava Bruce Springsteen; Mama told not to look at sun. But that the fan is, blinded by the light.