Valeu o escrito...?

O rigoroso pai chega em casa e, mal cumprimentando a filha com o namorado, no sofá, vai direto à esposa que, na cozinha, preparava um café, com quem trava esse cafervoroso diálogo:

- Suspenda já esse café e mande esse vagabundo embora!

- Mas querido, o que houve? Esse moço é educado, de boa família, votou contra o comunismo...

- Não é a isso que me refiro. Eu também, como você, votei no Mito...mas o que acontece é que esse vagabundo urinou na parede externa de nossa casa!

- Nossa, querido...mas certamente que estava apertado e não teve outra saída...além do mais, você há de lembrar bem, você também quando me cortejava confessava que também urinava na parede para marcar território, não lembra?

- Lembro sim, você tem razão. E eu praticamente perdia a cabeça, sim. Mas há algo mais sério aqui: ao urinar, esse desgraçado escreveu, urinalmente, o nome de nossa filha Marina, expondo-a ao clamor públco...isso eu não admito! Jamais!

- Mas querido, imagine se ele escrevesse nesse ato, o nome de outra? Afinal, escrevendo Marina é a forma mais cabal de que ele a ama, e só a ela...

- Pode ser, mas o problema é que a letra é dela!...