O lado A e B dos Artistas
Eu curto demais política, mas sem sectarismos, sem visgo à partidos. Gosto de analisar o líder. Da mesma naneira, curto a arte de modo geral; aliás política é a arte de administrar e governar.
Unindo arte musical e política, temos Waldick Soriano e Lindomar Castilho. E tanto um quanto o outro, tem os dois lados: A e B. Por exemplo, um deles é assim: "eu não sou cachorro, não; pra viver assim tão desprezado. Eu não sou cachorro, não...
Esplendoroso. Continuando: "você é doida demais. Você é doida demais. Doida, muito doida; você é doida demais...
Se és mulher do sexo feminino, não se sinta agredida, atacada, como oficializaram dizer. Arte é política e vice-versa. O lado bacana desses artistas é que botam a cara à tapa. Eu, não tenho coragem para tanto; como escritor e fofoqueiro, só relato através das palavras.
Finalizando, um lado que representa os dois, politicamente. Vamos lá, cante junto: "nós somos 2 sem vergonha em matéria de amar. Eu te amo, tu me amas...!
Tem também essa: "eu vou rifar meu coração (entenda voto) vou fazer leilão, vou vender pra quem der mais. Eu vou rifar meu coração...; por amor, carinho e paz.
Fantástico. Ao ouvir, penso nos políticos brasileiros. Cite um par, apenas um par deles com lado A e B, por favor! Sim, exatamente esses dois que você pensou; mas tem mais.
Muuuito mais...; arte e política são seguimentos populares amplos. Vastos como coração de mãe; e sempre cabe mais uns. O difícil é arrumar uma "boquinha" no fogão, onde a panela ferve o leite, derramando-o entre os escolhidos. Embora que se estás preocupado com a vestimenta, com a coreografia e aplausos, tem lugar para todos na plateia.
Venha e traga mais um. A praça, ou melhor, o picadeiro é nosso.
Até Ontem
- Oi, compadre; sumiu, por onde tens andado?
- tamo por aí. E as cousas, tudo bem?
- apesar da pandemia, tudo bem; graças a Deus!
- não, compadre...
- não, o quê?
- pandemia é igual gripe: coisa de rico. Pandemia é nos países de primeiro mundo, desenvolvidos, de IDH elevado; quando chega nos países pobres, atrasados feito Brasil, sulamericanos, africanos e outros, é o pandemônio do Deus nos acuda; sabia?
- sabia, não; mas deixando de pandemônio em tempos de pandemia, vai levar alguma coisa hoje, pra Zuzu, apelido carinhoso da comadre Zulmira?
- até ía, aqui tem um monte de coisas que ela precisa e merece; mas li a placa lá fora.
- pois é! Aqui é uma loucura dos diabos; e põe cinto, tira cinto. Coloca e tira kit primeiros socorros. Bota extintor no carro, tira extintor. Coloca decreto, sai medida provisória; e vice-versa. Bota máscara, tira máscara. Põe uma coisa tira outra, que resolvemos tirar o cartaz, cujo escrito recomendava só entrar de máscara, manter em fila, usar álcool gel 70, e deixar apenas o "não vendemos fiado".
- correto, entendo. Mas somos compadres de mesma nacionalidade e sempre damos um jeito.
- a quarentena, que já passa de oitentena, tá difícil. Desemprego; crise econômica, 600 reais. Sei lá...
- verdade; nacionalidade é família. Como disse, somos do fundo da cozinha um do outro. Num tem jeito de levar umas coisas e deixar na pendura, anotada na velha caderneta? Salvarás um amigo/compadre!
- bem, vou falar para minha mulher; ela que toma conta do empório.
- não, não. Sabe como é, mulher é mais rígida e não leva em conta a amizade de longas datas.
- espere, quem sabe...
- não, não; quando flexibilizar o fiado, eu volto.
- espere, espere. Volte...; já sai o café!
E o compadre abriu o compasso das pernas, pra quê te quero. Não apareceu até ontem...; quem sabe hoje sai a tão sonhada flexibilização do fiado entre os camaradas e amigos familiares, que as santas e ingênuas esposas desconhecem.