Dr. McDonald e a violência das comparações

Dr McDonald nasceu pobre de dinheiros, mas rico em disposição para estudar. Assim que achou seu primeiro livro (sim, tem pessoas que colocam livros e comida no lixo) foi aprendendo sozinho (embora sentisse que nunca estava sozinho e não era delirante) a ler e a escrever, pois também sabia desde sempre que "Deus criou a alma humana capaz de se instruir a si própria, sem mestres" (Joseph Jacotot). Como na sua família ninguém havia estudado na escola, ele resolveu fazer vestibular para medicina. E passou. O curso era medíocre, mesmo sendo na universidade federal onde os mestres são presos por vender diplomas ou forjar resultados de pesquisas financiadas pelo governo. Os professores debochavam dos alunos cotistas, mesmo que estes eram os que tiravam as melhores notas. Passou a estudar cirurgia neurológica neonatal e depois terapia intensiva neonatal, pois sempre gostou de pequenos objetos. Ganhou muito, mesmo atendendo de graça, até que num iluminado dia conseguiu comprar sua máquina de cortar grama para substituir seu pênis que havia sido cortado por uma amante passional. Era doutor de verdade, defendeu tese em Oxford sobre a vida sexual das formigas (tinha pena de fuçar nos bebês). Foi laureado com o Dr. Joseph K. Lomb. Punto e basta.