Se cumpre sua função, que mal há, então?
Sabe aquela ideia louca que você tem mas sente que, apesar de ser completamente plausível, não deve colocá-la em prática? Pois bem se achegue mais um bocadinho e veremos a lição que tomei por usar a razão.
Há um tempo atrás, não tanto assim, em minha casa, estava a conversar com minha mãe no período da noite, como de costume. E... você sabe, em círculos familiares se conversa quase de tudo; funciona como uma espécie de terapia que toda boa pessoa deveria ter.
Chegada a hora de ir pro berço, vou ao banheiro escovar os dentes e vejo que o bichinho do creme dental aposentou-se de suas atividades usuais. Pra não perder o costume de todo filho, sei que mãe é um ser que acha tudo. Gritei:
Gritei de lá mesmo, pra evitar a fadiga: A "pasta" de dente acabou.
De maneira doce e suave, ela responde: Deixe de ser preguiçoso e vá comprar, antes que o armazém feche!
Como menino sabido que sou (ou não), danei-me a pensar e cheguei a conclusão que o danado do sabonete, chamado também de sabão, seria a minha solução. É... a preguiça faz-nos pôr uns neurônios a fritar.
Pra confirmar minha hipótese, sem que ninguém me plagiasse, retruco à minha velha: "E se eu não comprar, o que faço?"
Usa o sabonete, não limpa seu corpo?! vai resolver. - diz ela.
Com todo meu entusiamo, percebo que o sabonete, chamado também de sabão, deixou-me com uma enorme decepção. Pensei: "como assim? Como pode algo que limpa ter gosto ruim?"
Muitas vezes, encontramos uma solução esplêndida, esquecemos, porém, que ela não se encaixa em nossa problemática em questão.
Retruco: que mal há, se pensarmos um pouco mais, então?