Má notícia...?
O Tô era a toa, tanto por vocação quanto por falta de opção. Vivia zanzando pra baixo e pra cima, sem se preocupar com métrica ou rima.
Um belo dia, igual a um outro qualquer, ele chegou afobado à fazenda do seu Juca, de quem costumava filar um almoço de quando em sempre, e foi soltando a mais nova:
- Ô Sô Juca, o sôr num imagina o sufoco do bizerro da sua vaca mocha,
atolado lá no brejo do pasto de baxo...o bichim tá dando berro de cortá o coração...
Sô Juca, empenhado na moeção de milho, mal parou o jumentinho que movimentava a mó, respondeu, quase engasgado de emoção:
- Ô Tô, me faz o favor de correr lá com uma corda e dar um jeito de já ir puxando o bichinho, que eu só despacho aqui, e sigo pra ajudar...
Ao que o Tô, solene e imperioso, dando de ombros, respondeu:
- Ô diacho, é por isso que eu num gosto de trazê má nutíça pros ôto...