A rolada
Um Juiz da Vara de Crimes contra a Honra, ao chegar à sua sala de despachos coletivos - e corretivos - saúda a todos e ao tomar assento, notando duas distintas e bem trajadas senhoras do interior, cabisbaixas, mas esperançosas sentadas na primeira fileira do pequeno, mas repleto auditório, dirige-lhes a pergunta:
- No processo de atentado ao pudor que aqui tenho em mãos, estão ambas as senhoras arroladas?
Ao que a primeira rebate, com segurança e certa veemência, embora tentando segurar um sorriso...:
- Não dotô, eu tô aqui só de tistimunha - e apontando para a amiga:
a rolada foi ela...