Diário de um Vagal
Certo cidadão queria trabalhar, até fez sua parte: levantou cedo, escovou os dentes, empetecou-se em frente ao espelho, vestiu roupa nova e esperou... naquele dia em diante o trabalho não foi trabalhar, não foi pegá-lo em casa, deixando-o na estaca, esperando até agora.
Desanimado com o fujão, espreguiçou bem o corpo, estirou os ossos, bocejou abrindo a boca como abre o jacaré para abocanhar a presa e voltou a deitar. O que fez por justiça e direito, pois, além de trabalhar dar trabalho, nunca mais ele, o trabalho, bateria em sua porta, oferecendo os préstimos.
- Bom dia e longas noites para vocês, amigos do Recanto! - Desesperançoso por mais um erro e mudanças propostas em sua vida, nunca mais sonhou com nada. Como sempre sonhara, sonhar é para os insones, que não não pensam em nada e por isto, tem tempo a perder.