Athenas não é mais na Grécia

O evento foi meticulosamente projetado. Bela abertura. Pomposas mulheres seminuas. Espetáculo de luzes e cores. Desfile de másculos acrobatas. Viagem ao inusitado. Alento para os olhos.

Os anfitriões capricharam na recepção e dependências das estadias dos convivas; que extraordinariamente servidos por garçons vestidos a caráter, encheram a pança, ganharam o que tinha de ganhar, comeram tudo o que tinha para comer. E com as mãos beijadas, saciaram a fome às bandejadas; inclusive metidos a vampiros-canibais, comeram algumas damas de luxo e também depravadas; que segundo elas, ofereciam ao ponto e gratuitamente o produto como saborosa especialidade da casa.

Meia dúzia de gringos servidos por mais de 200 milhões de garçons, que devido à comilança e embora as latrinas sejam decoradas com ouro e prata pura, defecaram e mijaram na lagoa. E após provar de tudo um pouco, saíram elogiando:

- Pelo que parece acabou o milagre dos megaeventos. Quê péssimo atendimento desse povo provinciano! Aqui não volto mais. Vai ser ruim de serviço, ter bala perdida, taxista bêbado causando morte de estrangeiro e povo corruptos assim, lá no Brasil! Não é por falta de nacionalidade que João Havelange não irá festejar o ouro ganho à custa alheia com o diabo no pódio das lápides do inferno.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 17/08/2016
Reeditado em 18/08/2016
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