Coisim de interiorr - Veva
Vô contá um causo, qui si passô em Minsgerás.........Vivê como vivia Veva, era facin facin, Veva vivia anssim, anssim, um cadin drumia, um cadin cumia e um cadin é lumbêra só. Suspirava pelus cantin, pelus varáu, tinha desde novinha, um cumichão entre as coxa e hoje já madura, num tivera ainda um hômi, pra esfriá seus anseio, vivia numa fomi de hômi, qui si atirava pra riba do premero que passava perto de suas carne farta, apavorava todos que apareciam, e acabava de novo, numa secura danada. Veva, não fazia nada na vida, filha única, o pai, Seu Gerbão, sitiante abastado, inté tentô, cumprá um cabra macho pra ela, mas o cabrão, também se assustô cum o ataque da fogosa e necessitada Veva, pobre preguiçosa, sempre só.
Um dia, chegô no sítio, um novo capataz, pra trabaiá cum o pai dela, o nome do moço era Rubem. Veva,, logo se atirou pra cima do pobre, e quem se espantou dessa veiz foi Veva, o cabra era duro na queda e gostava de mulher fogosa na cama, mas, que chegava junto na lida nas hórta, com os animár e dô larr, e Veva não fazia nadica de nada, mas, ela tava cuns ói tortin, pra riba dele, ou ela mudava ou só banho de água gelada iria apagar o seu fogo e curiosidade. A mãe de Veva, D.Tonha Morena, muito estranhô, quando dispertô cedin e a mesa pru café tava posta, além di um café ruim que só, já passadin de novo. Gerbão oiô cum o rabin dus ói pra Tonha Morena, mas, ninhum dus dois falô palavra, era bão uma ajudinha, afinal, Veva tinha vida boa, por demais. Foram pra lida na roça, pruma coieita de abróbas e inhamis, onde num tinha patrão nim pregado, só trabaiádorr, adepois vinha uma bóia reforçada, que Tonha largava da lida mais cedin e ia prepará preles tudo. Quando D. Tonha Morena chegô no alpendre, onde tinha um mesão cheio de bancos, um fogão à lenha e muitos tachos e panelas pra cuzinhá, arregalô us ói de ispanto, pois Veva estava lá toda enfeitada qui nem buneca di vitrini de moda da cidadi grandi, co'a boca encarnada e us cabelo cachiado cherando longe à Arfazema, tava nus trinque, cum aventár florido e mexendo uns pedaço de carne boiando juntin cuns legume e disse pra mãe qui era insopado, Morena achou mió deixá pra lá, ia fazê um feijão gordo e reforçado de linguiça e tempêro, arroz cum covi e torresmo, farofa feita na banha de porrco e bananas rodeladas e mais impim frito, o povo nem ia istranhá aquela água que Veva dizia qui era insopado, ainda ia fazê limonada gelada e tinha muitas melancias e mangas pra depois, a pinguinha de lei e o café aguado que Veva disse que ia fazê, e Morena já gradecida pela ajuda, que causava istranheza, mas, tudo bem não se renéga apôi de fía. O que Gerbão e Tonha num tinham intindido ainda, era que Veva estava querendo se mostrá boa pra casá pra Rubem, pois as partes num guentavam mais, di tanto calor, tava bem preparando o bote. Us hômi tudo vortaram da lida, lavaram as mão num tanque e se aboletaram na mesa chein de fomi, comeram cum gosto ate lambuzá os beiço, na hora du café, Gerbão tinha pircibido us oiá de Veva e Rubens, pois Veva era preguiçosa, mas, era uma belezura de muié, cum uns ói cor di mel e as carni farta e Rubão como us cabras tavam chamando ele, era também, um tipão, forte que nem toro e uma cara bonita, iam fazê um belo dum casarl, como sentiu, que ele era bem trabáiador e empenhado, Gerbão inté fazia gosto, ia fala no leito cumTonha sobre seus prano futuro, qui bom que ia disincaiá a única fía, quiria criança dentro di casa, ia sê um bom vô, riu por dentro, cum esse pensamento.
Cum tempo as coisa foi si endireitando, us dois se achegando, Veva aprendendo cum gosto a lida diária e pro casório, foi um passinho de cágado, dizem pelas bocas pequenas, que us ai, ui e ahs! De Veva, na noite premera, pudia se ouví nas lonjuras e a cara dela no dia siguinte era de fomi, mas, fomi de muito mais...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2016.
Vô contá um causo, qui si passô em Minsgerás.........Vivê como vivia Veva, era facin facin, Veva vivia anssim, anssim, um cadin drumia, um cadin cumia e um cadin é lumbêra só. Suspirava pelus cantin, pelus varáu, tinha desde novinha, um cumichão entre as coxa e hoje já madura, num tivera ainda um hômi, pra esfriá seus anseio, vivia numa fomi de hômi, qui si atirava pra riba do premero que passava perto de suas carne farta, apavorava todos que apareciam, e acabava de novo, numa secura danada. Veva, não fazia nada na vida, filha única, o pai, Seu Gerbão, sitiante abastado, inté tentô, cumprá um cabra macho pra ela, mas o cabrão, também se assustô cum o ataque da fogosa e necessitada Veva, pobre preguiçosa, sempre só.
Um dia, chegô no sítio, um novo capataz, pra trabaiá cum o pai dela, o nome do moço era Rubem. Veva,, logo se atirou pra cima do pobre, e quem se espantou dessa veiz foi Veva, o cabra era duro na queda e gostava de mulher fogosa na cama, mas, que chegava junto na lida nas hórta, com os animár e dô larr, e Veva não fazia nadica de nada, mas, ela tava cuns ói tortin, pra riba dele, ou ela mudava ou só banho de água gelada iria apagar o seu fogo e curiosidade. A mãe de Veva, D.Tonha Morena, muito estranhô, quando dispertô cedin e a mesa pru café tava posta, além di um café ruim que só, já passadin de novo. Gerbão oiô cum o rabin dus ói pra Tonha Morena, mas, ninhum dus dois falô palavra, era bão uma ajudinha, afinal, Veva tinha vida boa, por demais. Foram pra lida na roça, pruma coieita de abróbas e inhamis, onde num tinha patrão nim pregado, só trabaiádorr, adepois vinha uma bóia reforçada, que Tonha largava da lida mais cedin e ia prepará preles tudo. Quando D. Tonha Morena chegô no alpendre, onde tinha um mesão cheio de bancos, um fogão à lenha e muitos tachos e panelas pra cuzinhá, arregalô us ói de ispanto, pois Veva estava lá toda enfeitada qui nem buneca di vitrini de moda da cidadi grandi, co'a boca encarnada e us cabelo cachiado cherando longe à Arfazema, tava nus trinque, cum aventár florido e mexendo uns pedaço de carne boiando juntin cuns legume e disse pra mãe qui era insopado, Morena achou mió deixá pra lá, ia fazê um feijão gordo e reforçado de linguiça e tempêro, arroz cum covi e torresmo, farofa feita na banha de porrco e bananas rodeladas e mais impim frito, o povo nem ia istranhá aquela água que Veva dizia qui era insopado, ainda ia fazê limonada gelada e tinha muitas melancias e mangas pra depois, a pinguinha de lei e o café aguado que Veva disse que ia fazê, e Morena já gradecida pela ajuda, que causava istranheza, mas, tudo bem não se renéga apôi de fía. O que Gerbão e Tonha num tinham intindido ainda, era que Veva estava querendo se mostrá boa pra casá pra Rubem, pois as partes num guentavam mais, di tanto calor, tava bem preparando o bote. Us hômi tudo vortaram da lida, lavaram as mão num tanque e se aboletaram na mesa chein de fomi, comeram cum gosto ate lambuzá os beiço, na hora du café, Gerbão tinha pircibido us oiá de Veva e Rubens, pois Veva era preguiçosa, mas, era uma belezura de muié, cum uns ói cor di mel e as carni farta e Rubão como us cabras tavam chamando ele, era também, um tipão, forte que nem toro e uma cara bonita, iam fazê um belo dum casarl, como sentiu, que ele era bem trabáiador e empenhado, Gerbão inté fazia gosto, ia fala no leito cumTonha sobre seus prano futuro, qui bom que ia disincaiá a única fía, quiria criança dentro di casa, ia sê um bom vô, riu por dentro, cum esse pensamento.
Cum tempo as coisa foi si endireitando, us dois se achegando, Veva aprendendo cum gosto a lida diária e pro casório, foi um passinho de cágado, dizem pelas bocas pequenas, que us ai, ui e ahs! De Veva, na noite premera, pudia se ouví nas lonjuras e a cara dela no dia siguinte era de fomi, mas, fomi de muito mais...
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2016.