MIMADO

Era o querido, o caçula

que a família inteira adula.

Sempre atenciosa mão

saciava a sua gula,

recebendo como troco

uma palavrinha chula.

Se lhe davam um serviço

empacava como mula,

repetindo uns impropérios

com a cara feia e fula.

O menino foi crescendo

e o futuro, alguém calcula?

Transformou-se em zero à esquerda,

numa figurinha nula...

Alexandre Basso
Enviado por Alexandre Basso em 04/07/2015
Reeditado em 04/07/2015
Código do texto: T5299774
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