FRIO DO CÃO! (GAZAL)

Dia frio, que até um iaque

sentiria o duro baque.

Deixo a cama a duras penas,

e possivelmente empaque

num chuveiro bem quentinho,

que está fora do almanaque.

Se fraquejo, volto à cama,

então parto para o ataque:

ponho dois dedos no copo

e bochecho meu conhaque.

No armário busco a roupa,

mas só acho badulaque.

Saio à rua, anacrônico,

de cartola, luva e fraque.

Alexandre Basso
Enviado por Alexandre Basso em 03/07/2015
Reeditado em 06/06/2022
Código do texto: T5298846
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