HUMOR – Acredite se puder – 10.01.2015
 
 
HUMOR – Acredite se puder - 10.01.1015

 
 
Desde o final do ano passado que começou a dar uma moleza no meu corpo. Como dizem que todo cabeçudo é metido a doutor e se automedica, fui tomando uns remédios que tinha em estoque, todavia nada de melhorar, mas dava pra ir levando. A coisa piorou pra valer no dia 07 do corrente, quando acordei com a face direita inchada, e feridas no lado direito da cabeça, assim como uns furúnculos aparecendo na minha testa. Cheguei a brincar com a minha mulher: Por que será que esses chifres vieram aparecer depois de tanto tempo. – “Pode morrer tranquilo, pois isso jamais aconteceria”, claro tudo meramente brincadeira.
            Na segunda-feira fomos ao médico, que passou uma tonelada de medicamentos, mas sem informar qual seria o diagnóstico, mesmo precoce. Comecei a digeri-los, mas a doença avançava mais rapidamente; fomos a outra clínica, que confirmou a validade do que dissera a primeira, ou seja, que a medicação estava correta; ontem, sexta-feira, fui à clínica do Hospital Português, aqui em Recife, e encontrei uma médica arretada (Dra. Rosana Libório), que ao examinar os ferimentos foi logo dizendo: “O senhor com essa idade nunca teve ‘catapora’?”. Ao que respondi: “Cara doutora, creia que eu tive de uma só vez tal de ‘catarampopeira’, quando era ainda garoto”. - “E que danado é isso”, perguntara? – “É uma mistura de catapora, sarampo e papeira ao mesmo tempo”. Minha família já sabia dessa piada, mas a médica até hoje está rindo lá pelas suas plagas.
            Pois bem, corremos pra farmácia e compramos mais uma série de medicamentos, todavia foi mantida a prescrição do primeiro antibiótico, por ser específico. Substituída a “dipirona”, para dor, pois pra mim é água pura e passado outro antibiótico para as feridas, numa dose elevada, dizendo a competente doutora que se não começasse a fazer efeito rapidamente eu teria de voltar ao hospital para ser internado. Somando-se essa medicação àquela que já utilizo permanentemente para problemas cardíacos seria um deus nos acuda, até mesmo por conta dos horários e de possíveis reações adversas.
            Iniciei o novo tratamento por volta das 15.00 horas, mas fica evidente que não se pode querer milagre. De sorte que por volta da meia-noite, quando ingeri a terceira dosagem de alguns, pude notar que havia alguma melhora, embora a dor continuasse em menor escala. Agora pela manhã, apesar de muito cansado da maratona, amanheci com sinais de que as feridas começaram a secar, o inchaço a regredir, e a dor já estava suportável.
            Quando ainda no hospital, minha quarta filha, a Úrsula, resolveu bater uma foto de meu rosto, a fim de mandá-la para suas irmãs, tias e a patota que com ela conversa no seu celular, tal de Whatsapp. Em poucos segundos começaram a perguntar o que teria sido aquilo. Eu sugeri que ela respondesse dizendo que foi uma simpatia que ensinaram à mãe dela, qual seja a de banhar o rosto do doente com xixi de adulto, o primeiro do dia. – “E por que deu errado”, perguntaram. E eu: - “Sujeira no vasilhame”... A risadaria foi geral.
 
Ansilgus
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 10/01/2015
Reeditado em 03/09/2016
Código do texto: T5097100
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