O TERREMOTO DE CAFUNDÓ DO BELELÉU

O ocorrido diz que foi lá pelos anos cinquenta...

O Instituto de Abalos Sísmicos (IAS) detectou através de seu Controle Nacional (CN) que haveria um grande terremoto numa pequena cidade do interior, a tal de Cafundó do Beleléu, o qual poderia ocorrer nos próximos dias  e o IAS enviou um telegrama para o prefeito Boanerges Penteado e igualmente ao delegado de polícia local, Eufrazino Fortes.


O telegrama:

- Urgente Grande movimento sísmico na zona de Cafundó do Beleléu – Muito perigoso - Sete na escala de Richter – Epicentro a 5km da cidade – Tomem medidas – Informem resultados para outras providências.
Passados uns dias, o Controle do Instituto de Abalos Sísmico recebe um telegrama do delegado, sujeito “prata da casa”, colega do prefeito na escolinha da roça, onde só fizeram o 1º ano primário. Os dois caipiras, eram muito simples.


Telegrama-resposta:

- Aqui é o delegado de Cafundó – Esse tar de Muvimento Sísco foi totarmente dismuntado – O Zé Richa e os otro sete preso quêle escalô - feiz tensão de fugí - nóis tombemo eles na bala – Tranquemo a zona das muié dama e prendemo elas tudo - até a cafetina Nhá Galega – Epicentro, Epifânio, Epitácio - o pai deles Epaminondas - o tio Espiridião e tudo a parentaia – que mora na roça - tudo preso tamém -  Sinhô me adescurpe “seo” Dotô - num arrespondemo antes pruquê teve um tar acontecido chamado di terramoto - qui aprontô os diabo aqui no Cafundó dos Beleléu .


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Recontado e adaptado de causos da tradição popular.
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 10/12/2014
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T5064545
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