Nada como uma noite e um pernilongo no meio
Pobre coitado!
Ruma pro quarto e começa o martírio:
Picada, calor, coceira, zumbido
Tem tapa na orelha...zunido no ouvido
O intruso se põe a zunir, agora se apresentando:
Zuim! Zuim! Zuim! Zuim! -Zuando!
Zuim! Zuim! Zuim! Zuim! -Zunindo!
Pressentindo a perturbação, cobre a cabeça, em vão!
Põe atenção, mas acaba explodindo:
-Mas que lindo, agora zunes perto do meu ouvido?
O pernilongo nocivo, chato, pernicioso
Alça vôo mas volta de novo
Naquele zuim sem fim
Fora de si pula da cama
Grita, xinga, reclama
Desconfiado, senta, levanta
Observa! Fica à espreita
Então, deita em busca de paz
E, o pernilongo faz: Zuim! Zuim!Zuim!
Zuim!
- Ah, Satanás, agora chegou seu fim!
Zangado, quase cego, enfurecido
Encontra o "reles bandido"
Rechonchudo e satisfeito
Com requinte e muito jeito
Agarra o "torturador"
Pelas longas, finíssimas pernas
(belas, tortuosas e bambas canelas)
Se sentindo o "El matador"
E, perdendo a noção do ridículo
Indaga ao prisioneiro oprimido
Em alto, preciso e bom som:
- COMO CONSEGUE ACHAR MEU OUVIDO EM MEIO A TANTA ESCURIDÃO? ????
O pernilongo?
Nem respondeu, morreu!!!!