O FRESCO BOM DE FARO

 
Um fresco chega numa churrascaria em Gorobixaba, senta-se e, indignado, faz sinal para o garçom que vem com o cardápio, o qual ele põe sobre mesa. Imediatamente o freguês todo meloso, mas querendo parecer machão, exclama:

— Na minha terra não tem essa história de cardápio. Lá a gente escolhe a carne cheirando a faca!

O garçom deu um sorriso irônico, mas como não queria perder o cliente, o atendeu a caráter. Dirigiu-se à churrasqueira, pegou uma faca que tinha acabado de cortar um cupim e levou-a ao freguês. Este pegou a faca, colocou-a sob o nariz e exclamou:

— Caramba! Esse cupim está maravilhoso! Traz-me um pedaço!

O garçom, impressionado, serviu o digníssimo freguês. Voltou á churrasqueira e pegou uma faca que havia sido utilizada para cortar um pernil de porco. O belo homem ao cheirar a faca exclamou:

— Mas este pernil está no ponto! Traga-me um naco!

O garçom, já puto da vida com o fresco, desta vez foi á cozinha, pegou uma faca limpa... Contou para os companheiros sobre o maricas. O churrasqueiro que nada mais era do que o DOIDIVÂNIO, deu a ideia:

— Vou passar a essa faca no bilau e você leva. Vamos ver o que o lindinho vai dizer.

Dito e feito, o garçom pegou a faca e entregou para o fresco, este a colocou em frente do nariz, suspirou fundo e disse:

— Mas como esse mundo é pequeno! Não acredito! DOIDIVÂNIO é o churrasqueiro aqui?
 
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Enviado por Corte de Gorobixaba em 02/05/2013
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