O Exame de próstata II
Dudé era um senhor
Conhecido no sertão,
E na foice e no machado
Ele ganhava seu pão,
Criava cabra e galinha
Pra sua alimentação.
Como todo sertanejo
Era forte e destemido,
Nunca teve uma gripe
Dor de dente ou de ouvido,
E no bar de Zé Piá
Tomava umas com os amigos.
Já tinha 60 anos
E começou urinar mal,
Só saia uns pinguinhos
Um desconforto total,
Tomou até chá de inhame
Mas não voltou ao a normal.
Apareceu um senhor
Da cidade de penedo,
E disse caro colega
Cuide logo enquanto é cedo
Você precisa ir ao medico
E vai ter que entrar no dedo.
O velho deu um pinote
E na hora quis brigar,
Dizendo no meu fudio
Dedo ninguém vai botar,
Eu vou morrer inturido
Mas não vou me sustentar.
Só que Dudé piorou
E foi levado ao hospital,
Onde foi atendido
Pelo Dr. Juvenal
O homem tinha um dedão
Que parecia um pau.
Dudé ainda quis correr
Mas o medico segurou
Quis aplicar anestesia
Mas Dudé se acalmou
Fechou os e disse
Pode empurrar doutor.
O medico enfiou o dedo
E pobre Dudé gritou
Dizendo filho da puta
Que medico é o senhor
É minha primeira vez
E o senhor me lascou.
Saiu do hospital mancando
Cabisbaixo envergonhado,
Só que a notícia vazou
Por todo o povoado,
Que Dudé entrou no dedo
E deu um grito danado
Dudé ficou bom da próstata
Mesmo assim reclamou,
Por que naquela idade
Levou dedo do doutor
Apesar de passar vergonha
Um dia desabafou.
Chegou ao bar de Zé Piá
Tomou uma com caju,
Derramou uma pra santo
E tomou outra com umbu
E disse depois de velho
Acabei tomando... Pitu