O CORNO GENÉTICO
Zé vaqueiro era um negrão avantajado em tamanho e ignorância, casado com uma cabocla de cor de uma beleza impar nos sertões da catingueira. Eram moradores do coronel Zé Ferreira dono de uma enorme propriedade de terras cujo sustento era a criação de caprinos.
Zé Ferreira era um descendente longínquo de alemão e deste povo herdara a cor branca. O homem era tão branco que beirava o albinismo. Certo dia Zé Ferreira recebe em sua casa a visita de Zé Vaqueiro e lá desenvolvem o seguinte diálogo.
- Patrão – pergunta o agregado – por que que eu sou negro, Zefa minha muier é negra e lá em casa nasceu um menino branco dos olhos azuis igual o seu?
O fazendeiro começa a tossir engasgado e responde.
- Se preocupe não Zé. Isso aí é negócio de genética.
- Que diabos é genética patrão?
- Genética é o seguinte Zé. Tá vendo aquelas duas cabritas pretas filhas daquela branca. Elas nasceram daquela cor porque na família delas é possível que no passado houve algum cruzamento de um cabrito preto com uma de cor branca daí no futuro podem nascer cabras de cor diferente daquelas que a produziram hoje. Entendeu?
Zé Vaqueiro, tira o chapéu da cabeça, ergue os olhos pra o céu e com uma cara de poucos amigos responde.
- Entendi não Senhor. Mais vamos fazer assim de agora por diante. O senhor para de comer Zefa que eu paro de comer suas cabras.
Zé Ferreira era um descendente longínquo de alemão e deste povo herdara a cor branca. O homem era tão branco que beirava o albinismo. Certo dia Zé Ferreira recebe em sua casa a visita de Zé Vaqueiro e lá desenvolvem o seguinte diálogo.
- Patrão – pergunta o agregado – por que que eu sou negro, Zefa minha muier é negra e lá em casa nasceu um menino branco dos olhos azuis igual o seu?
O fazendeiro começa a tossir engasgado e responde.
- Se preocupe não Zé. Isso aí é negócio de genética.
- Que diabos é genética patrão?
- Genética é o seguinte Zé. Tá vendo aquelas duas cabritas pretas filhas daquela branca. Elas nasceram daquela cor porque na família delas é possível que no passado houve algum cruzamento de um cabrito preto com uma de cor branca daí no futuro podem nascer cabras de cor diferente daquelas que a produziram hoje. Entendeu?
Zé Vaqueiro, tira o chapéu da cabeça, ergue os olhos pra o céu e com uma cara de poucos amigos responde.
- Entendi não Senhor. Mais vamos fazer assim de agora por diante. O senhor para de comer Zefa que eu paro de comer suas cabras.