A INOCÊNCIA DE SONSILDO
A INOCÊNCIA DE SONSILDO
Aquele julgamento foi um dos mais difíceis, já realizados pelo tribunal do júri de Santa Maria do Livramento, cidade satélite da capital federal da Republiqueta do Brasil.
Desde o começo os depoimentos condenavam o acusado, mas faltava o essencial: a prova do crime.
Todas as testemunhas de acusação incriminavam SONSILDO. Até por que não havia testemunhas de defesa, só um rábula da defensoria pública que de vez em quando protestava sem muita convicção.
A primeira testemunha não titubeou ao afirmar que viu o suspeito com uma arma apontada para o peito do gerente do banco. 0 segundo depoente afirmou com convicção que havia visto o acusado sair do banco com um malote de lona verde. Diretamente do público que assistia o julgamento, uma senhora avançada em idade, se intrometeu na conversa e jurou de pés juntos que o infeliz do SONSILDO havia jogado um coisa verde no lago, no fundo do sua residência. E assim se sucederam várias testemunhas.
Por fim os jurados deliberaram e o juiz acatou, assim deliberando:
- O causado foi considerado inocente por falta de provas.
Este ao ouvir as palavras do juiz perguntou:
- Já que sou inocente posso ficar com o dinheiro?