O DEPOIMENTO DE SONSILDO

Um operário da construção civil, SONSILDO é chamado a depor perante um tribunal, como testemunha de um caso de divórcio.

O juiz pediu-lhe.

- Por favor, diga-nos o que fazia e o que viu no dia tal de tal mês e de tal ano.

- Senhor Doutor e Excelentíssimo Juiz de direito, eu estava trabalhando, como limpador de janelas, no terceiro andar, do edifício, que hoje chamam Elefante Branco do Governo, quando vi, à porta da casa em frente, uma mulher ainda jovem, despedir-se calorosamente de um homem, com um beijo e um abraço.

O juiz interrompe para pedir mais esclarecimentos:

- O senhor consegue identificar essas pessoas aqui na sala?

- Sim Senhor Doutor e Excelentíssimo juiz de direito. São os dois que estão sentados ali na primeira fila.

- Por favor! Continue!

- Pouco tempo depois daquele homem ali ter ido embora, vi outro homem jovem tocar à campainha da mesma casa. A porta abriu-se e o homem entrou. O homem e a mulher foram diretos para o quarto. Onde se abraçavam e beijavam sofregamente.

O juiz começando a se interessar pelo depoimento pergunta:

- Depois o quê o senhor viu?

- Vi perfeitamente que estavam a despir-se, mutuamente.

Agora o juiz muito interessado ordena:

- Continue!

- Depois não vi mais nada porque o andaime caiu com o peso dos treze colegas que se juntaram lá em cima comigo quando a dona aí ficou pelada.