A SUSPEITA
Há trinta anos na região nordeste, virgindade era a coisa mais seria e preservada que uma moça poderia ter. Não lhe bastava dinheiro, família; a primeira coisa era a castidade. Pois bem! Nesta época em Cachoeira dos índios, Paraíba existia um sodalício, “clube de dança” chamado Sete de Setembro. Ali aconteciam os famosos “bailhes” que varavam a noite com a presença da casta sociedade cachoeirense. O Porteiro Cição nestes ocasiões era orientado a barrar toda e qualquer moça que fosse “falada” falada significava suspeita de ter transado antes do casamento. No que era comum a moça receber a pecha de rapariga e daí ficar marcada por toda sociedade. De fato na noite de sete de setembro de 1973 tocava no saudoso sete de setembro a banda musical Super Som Sete; hoje não mais existente. O porteiro Cição como sempre ali estava a enfrentar os percalços da portaria orientado de “Não deixar entrar nenhuma mulher suspeita” uma vez que a nata da sociedade ali estava em casais os Comerciantes, políticos, funcionários, públicos, fazendeiros, estudantes locais e mais uns visitantes que para ali convergiam vindos geralmente de Cajazeiras e Bom Jesus, e mesmo estes eram pessoas da alta sociedade que com suas esposas e filhos lotavam o clube, cientes que estavam da preservação moral dos bons costumes.
Perto da meia noite Zé Menino, um fazendeiro das Cajazeiras aportou no lugar acompanhado de uma moça belíssima. Contudo informado pelos visitantes que Zé estava para chegar em companhia de uma mulher falada alguém ficou ali junto a Cição a fim de evitar a entrada do visitante. Logo quando Zé Menino aportou na bilheteria Cição lhe avisou aducadamente.
- Lamento seu Zé o Senhor não poderá entrar.
Zé Menino surpreso com a atitude do porteiro replicou.
- Mais eu vou pagar a minha e a entrada dela seu porteiro.
Cição então resolveu explicar o causo para evitar constrangimento já que muitas outras pessoas chegavam naquele momento a presenciar a cena.
- Não é isso seu José, é que a sua companhia (explicou olhando pra moça com um olhar de censura) é suspeita. O Senhor já sabe a regra. Moça suspeita não entra aqui nem em nenhum clube que se preze.
Aí foi que Zé menino explodiu a gritar em alto e bom tom.
- Suspeita não! Ela não é suspeita. Ela é minha rapariga mesmo. Suspeita são todas as que estão aí dentro.
...
Perto da meia noite Zé Menino, um fazendeiro das Cajazeiras aportou no lugar acompanhado de uma moça belíssima. Contudo informado pelos visitantes que Zé estava para chegar em companhia de uma mulher falada alguém ficou ali junto a Cição a fim de evitar a entrada do visitante. Logo quando Zé Menino aportou na bilheteria Cição lhe avisou aducadamente.
- Lamento seu Zé o Senhor não poderá entrar.
Zé Menino surpreso com a atitude do porteiro replicou.
- Mais eu vou pagar a minha e a entrada dela seu porteiro.
Cição então resolveu explicar o causo para evitar constrangimento já que muitas outras pessoas chegavam naquele momento a presenciar a cena.
- Não é isso seu José, é que a sua companhia (explicou olhando pra moça com um olhar de censura) é suspeita. O Senhor já sabe a regra. Moça suspeita não entra aqui nem em nenhum clube que se preze.
Aí foi que Zé menino explodiu a gritar em alto e bom tom.
- Suspeita não! Ela não é suspeita. Ela é minha rapariga mesmo. Suspeita são todas as que estão aí dentro.
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