TIC TAC

Passou a noite toda sem dormir.

Acordado.

Andando de um lado para outro.

De tempos em tempos olhava no relógio.

Observava o ponteiro dos segundos que girava lentamente.

Bem lentamente.

Quase parando.

Tic tac.

Estava cansado.

Sonolento.

Tic tac.

O relógio marcou uma hora.

Tic tac.

Duas horas.

Tic tac.

Devagar o tempo foi passando.

Devagar se foi o tempo.

Tic tac.

A cidade dormiu.

Acordou.

E ele ali, vivenciando cada minuto passado.

Cada segundo da noite escura.

Tic tac.

Ouviu os sons da noite.

Sentiu o cheiro do orvalho da manhã.

Tic tac.

O perfume da dama da noite.

Tic tac.

Presenciou a escuridão.

O breu absoluto.

O brilho radiante do sol.

A luz divina que ilumina o mundo.

Sempre só, passou por todas as fases da noite acordado.

Tic tac.

Sem pestanejar.

Sem esmorecer.

De manhã.

Juntamente com os primeiros raios solares, ele bateu o cartão de ponto, e, foi embora.

Com a certeza do dever cumprido.

Muito bem cumprido.

Marc Souz
Enviado por Marc Souz em 01/12/2011
Código do texto: T3367338
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.