O GALO
Era uma vez um homem que criava galos e galinhas,
Elas viviam nas portas das vizinhas.
Um dia um dos galos brincava pelo terreiro,
Espalhando areia no galinheiro.
Cansado do galo, mandou o cunhado fazer um cozido,
O cunhado não queria sujar a mão, era muito exibido.
Pegou o galo e foi escondido para granja,
Chegando lá encontrou com a mulher de franja.
Pedir para ela o galo matar,
Cortar em pedaços, para ficar fácil para ele cozinhar.
A dona da granja ficou com o galo de raça pura,
E deu ao cunhado uma pobre galinha dura.
Cheia de calo e berebenta,
Velha suja e sarnenta.
O cunhado chegou em casa e começou a preparar o alimento,
Duas horas no fogo num grande sofrimento.
Quando todos sentados a mesa começaram de fome reclamar,
Resolveu então a verdade lhes contar.
A mulher ofereceu a troca e ainda deu a ele, um dinheirinho,
O tonto do Cidão, comprou tempero para preparar o bichinho.
A galinha foi para panela,
Depois de muitas horas de espera.
Ela definitivamente não cozinhou e o cunhado que era bobão,
Com o cunhado Laercio só arrumou confusão.
Foram até a granja negociar com a dona Berta,
Dona Berta! Eita! mulher esperta.
Não quis com certeza o galo devolver,
Este caso nem a polícia conseguiu resolver.