Amor é fogo do bagui que eu acender
A Arte da viajosidade informa: O amor é doidera, tá ligado?
· Ano de 3337, é achado poema do séc. XVI. É feita uma análise crítica de extrema importância para o mundo.
E aí véi! Eu...quem sou eu? Ah, só um vendedor de jornal. A manchete do dia? Ok. A manchete do dia é a seguinte:
EXTRA! EXTRA! É ACHADO POEMA DO SÉC XVI! Vai querer um? Não? Tá acabando heim... aliás, já que tá acabando, deixa eu dar uma lidinha nisso aqui... “Amor é fogo que arde sem se ver”. Pff, arde, se vê e dói pra cacete! Sei não, acho que esse povo do séc. XVI era meio atrasado. Se amor existe, amor é fogo do bagui que eu acender. Agora que o bagui tá aceso, vamo continuar até que a morte nos separe, ou a overdose;
“É ferida que dói e não se sente”. Cara, já existia gente dopada naquele tempo?! Morfina detectada heim... “É um contentamento descontente”. Isso se chama depressão, senhor poeta drogado do séc. XVI! Esse senhor poeta do séc. XVI além de burro e drogado é doido. Doidera das dooooorrrrgas mano! “Óquei”, isso é um poema mesmo? “É um não querer mais que bem querer”... Amnésia! ...hum....amnésia... peraí, era o que mesmo? Ah, amnésia. “É um não querer mais que bem querer”... amnésia! Ele repetiu o troço e ainda se contradisse! Deve ser efeito da morfina... ou do bagui. Ou dos dois? Uma tragada, peraí. “É um andar solitário entre a gente”. Claro que é solitário, o povo é todo antissocial hoje! Só se toca na hora do “amor”, e olhe lá! “É um nunca contentar-se de contente”. Ok, retiro o depressão. Era uma depressão profunda cara! Era triste! A vida não tinha sentido nem se o cara tivesse contente ele se contentava! Peraí, deixa eu dar uma cuidada aqui no bagui. “É um cuidar que se ganha em se perder”. Isso deve ser... psicologia reversa? Ou não? Enfim, não importa se eu perder os bagui, eu ganho as doidera. É. Sabe o que é aqui também? O que que é? Sabe? “É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É um ter com quem nos mata, lealdade”. Véi! VÉÉÉI! Ele injetou morfina ou fumou de mais, por que isso aqui ou é masoquismo, ou retardo extremo, ou os dois! E esse final? E esse fi-nal! É espetacular! É viciante! É doidão. Assim, o final confirma todo esse estado perturbado desse povo desses séculos 19 e 20 e...de hoje? Ou não? Ah, qual é o final? É assim ó: “Tão contrário a si é o mesmo amor”. Tipo, é o contrário dele mesmo e é o mesmo. É um anti-anti-amor esse aqui desses povos do passado! E apesar de mudar, o amor não mudou, né?! O povo continua doidão, drogado, masoquista...apanhando de deus e o mundo e... é. Ei, tem certeza que não quer? Ok, então beleza! Assim, num sei se esse tal de amor existe, mas... vai servir pra enrolar um bagui. O amor vai ser o fogo do bagui que eu acender. E mermão, já acabou o poema do amor, agora vou acabar de dar minha tragada. Heh, falou véi! Fui!