O gato
Eu estava estudando lá pelas duas horas da manhã. De repente, no silêncio da madrugada, ouvi um barulho alto vindo do telhado. Fui ver o que era.
Era o gato que vinha entrando por um buraco, com um rato enorme na boca.
Peguei a vassoura e a pá de lixo, bati de leve no gato para ele largar o rato. Ele largou o bicho no chão e ficou olhando eu empurrar o Mickey com a vassoura pra cima da pá.
Saí, joguei o rato em um monte de lixo na calçada e voltei para estudar.
Uns quinze minutos depois, o barulho.
A cena se repete. O gato desce do telhado com o rato na boca. Bato no gato de leve, empurro o rato com a vassoura pra cima da pá, e o gato me olhando. Saio, jogo o rato no monte de lixo na calçada.
Uns quinze minutos depois ele volta pelo telhado com o rato na boca, deixa no chão, etc. etc. Empurro o rato pra cima da pá. E o gato me olhando...
Mais quinze minutos (gato britânico).
De novo o gato desce do telhado. Com o rato na boca, me olha triste, como quem diz "ainda tá aí?", e olha a pá que já estava no chão. Nem precisei cutucar o gato. Ele mesmo, calmamente, botou o rato direto na pá e foi se deitar.
Joguei o rato bem longe, do outro lado da rua, no outro monte de lixo.
Nem sinal mais do rato.
--------
Outro dia, o mesmo gato estava no andar de cima da casa. A gente não deixava de jeito nenhum ele entrar nos quartos nem nos banheiros.
A parte de cima tem um corredor, com um quarto, um banheiro, outro quarto e mais outro.
Flagrei ele tentando entrar no primeiro quarto.
- Sai daí, gato!
Ele saiu bem devagar e foi logo entrando no banheiro.
- Sai daí, gato!
Ele saiu e foi calmamente entrando no outro quarto.
- SAI DAÍ, GATO!
Ele parou na minha frente, me olhou feio, muito sério e disparou:
MIÁÁÁÁÁÁÁÁ!
Tradução: ME ERRAAAAAAA!
Será que eu enchia muito o saco do gato?
E foi se deitar em outro lugar.
Eu estava estudando lá pelas duas horas da manhã. De repente, no silêncio da madrugada, ouvi um barulho alto vindo do telhado. Fui ver o que era.
Era o gato que vinha entrando por um buraco, com um rato enorme na boca.
Peguei a vassoura e a pá de lixo, bati de leve no gato para ele largar o rato. Ele largou o bicho no chão e ficou olhando eu empurrar o Mickey com a vassoura pra cima da pá.
Saí, joguei o rato em um monte de lixo na calçada e voltei para estudar.
Uns quinze minutos depois, o barulho.
A cena se repete. O gato desce do telhado com o rato na boca. Bato no gato de leve, empurro o rato com a vassoura pra cima da pá, e o gato me olhando. Saio, jogo o rato no monte de lixo na calçada.
Uns quinze minutos depois ele volta pelo telhado com o rato na boca, deixa no chão, etc. etc. Empurro o rato pra cima da pá. E o gato me olhando...
Mais quinze minutos (gato britânico).
De novo o gato desce do telhado. Com o rato na boca, me olha triste, como quem diz "ainda tá aí?", e olha a pá que já estava no chão. Nem precisei cutucar o gato. Ele mesmo, calmamente, botou o rato direto na pá e foi se deitar.
Joguei o rato bem longe, do outro lado da rua, no outro monte de lixo.
Nem sinal mais do rato.
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Outro dia, o mesmo gato estava no andar de cima da casa. A gente não deixava de jeito nenhum ele entrar nos quartos nem nos banheiros.
A parte de cima tem um corredor, com um quarto, um banheiro, outro quarto e mais outro.
Flagrei ele tentando entrar no primeiro quarto.
- Sai daí, gato!
Ele saiu bem devagar e foi logo entrando no banheiro.
- Sai daí, gato!
Ele saiu e foi calmamente entrando no outro quarto.
- SAI DAÍ, GATO!
Ele parou na minha frente, me olhou feio, muito sério e disparou:
MIÁÁÁÁÁÁÁÁ!
Tradução: ME ERRAAAAAAA!
Será que eu enchia muito o saco do gato?
E foi se deitar em outro lugar.