Mayday,.. Exesso de peso
Certa noite eu e o Kevin – tinha que ser ele – chegamos do parque de eventos, onde sempre vamos caminhar. Era já umas nove de noite. Estava um calor infernal. Resolvemos ir nadar um pouco. – Temos uma piscina inflável de 12.000 litros.
O céu estava estrelado, a lua cheia dava a impressão de que tudo a volta era laranja.
O Kevin estava olhando para o céu há horas e falando dos ETs. Eu já estava rindo que não aguentava mais.
- Mãe aquela nuvem ali é laranja. – Falava espantado. – Mãe se caísse um meteoro aqui na piscina. Acho que tá perto do fim do mundo. – Eu rir mais ainda, ele ficou irritado porque eu não o levo a sério. E quem levaria?
- A lua está atrás dela Kevin. – Falei cansada de explicar o porquê de tudo.
- Não mãe, agora é sério! – Ele falou espantado nadando na minha direção. Ele faz isso sempre que sente medo. Tem 13 ano, 1,75 m e ainda faz isso!
- O quê Kevin? – Perguntei esperando qual séria a próxima invenção. – Deixa o céu cair.
- Não deixa você... Deixa você mãe. Você não acredita em mim. É sério!
- Fala Kevin.
- Mãe olha lá – eu estava de olhos fechados, abri-os. Olha como aquela luz vermelha tá rápida.
Eu fiz cara de desdém.
- Não mãe sério. Vai dizer que vai algo tão rápido?
- É um avião, só isso. – Não pode dar corda a imaginação dele.
- A tá! Que susto. Achei que era um et. – Ele deu uma gargalhada. – Mas não se preocupe. Ele não ia te abduzir. Ia dar pane no motor da nave.
Pensei vou te pegar.
- Pior é você. Quando a luz, aquela que leva as pessoa pra nave, tivesse te levantando ia parecer nos computadores de bordo: Mayday, excesso de peso, por favor pulem nave caindo.
- E você? Nossa mãe, não, deixa você. – Ele esta doido de raiva. O problema dele é esse ele fica doido de raiva quando alguém pega ele numa piada. Me tornei especialista nisso. Ele veio bravo me empurrando e eu ria sem parar. – Pior é você que nem aprece isso ai. Já caia direto.
Os ETs iam explodir pelo ar, com esse peso todo. Sua baleia...
- Mayday – repeti morrendo de rir.
- Olha sua baleia, melhor você parar – ele estava muito bravo, achei conveniente parar mesmo. – A nave e o universo ia explodir com seu peso, sua gorda!