Cutelo, o Filósofo XXIII - O Idioma da Cantada
Nosso filósofo, ladino como sempre e sem vergonha como nunca, tem um senso de oportunidade para bandalheira, que é de causar admiração. Durante as olimpíadas da Pequim, após ver uma prova na TV, se vira para a Maria Vai Com as Outras e me sai com esta:
_Ô Maria, minha frô, eu num sô de Béjim não, mais ador’um bijim! Da ieu?
Pode???
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Eva esposa do filósofo encontrou no caderno do Cutelinho a frase “Give me a kiss my love.”. Como ninguém por ali soubesse do que se tratava, pensou logo que era algum palavrão e mandou que o filósofo perguntasse á professora o significados do temível palavreado.
Cutelo procura a D. Dodora, professora aposentada e esposa do delegado e meio sem jeito, com medo de levar um pito (“um ispiciar” – como ele diz), mostra o papel. D. Dodora, mulher de poucas palavras, traduz de bate pronto:
_ Me dá um beijo, meu amor!
Vermelho de vergonha, o filósofo nem agradece. Dá as costas e vai embora. Em casa, se queixa com a Eva:
_Cê cridita que Dondodora teve u’as osadia cum eu?
_É? E ocê? – pergunta-lhe a mulher.
_Cê é besta? Ieu sô doidio de bejá muié de delegado? – Arrepia o filósofo.
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"O inimigo mais perigoso é aquele que ninguém teme." (Dan Brown, in ANJOS E DEMÔNIOS)