Super Nada
Uma jovem mãe passeava com o seu bebê no parque. Era uma tarde tranqüila. Os passarinhos cantavam. A grama estava verde e um monstrengo verde com uns 3 metros de altura babava esfomeado olhando para aquele suculento pedaço de carne rosa.
Então, não mais que de repente o monstro apareceu a frente da mãe que por reflexo tentara agarrar o seu bebê, mas foi em vão.
- Huuuuuummm... que coisa gostosinha temos aqui. – Disse o monstro com a saliva lhe saindo por toda a sua boca.
- Nãaaaooooooooooo, por favor, não coma o meu bebê... ooooo...ooo quem agora vai me ajudar??
Com isso um homem de capuz chegou perto da mulher.
- Ô dona, vi que tu tá com probrema né? Eu conheço um herói que pude te ajudar...
- E como é que eu o chamo? Tem algum sinal?
- Bom é só ir para a parada de ônibus e dar sinal para o 234 parar.
E a mãe foi rapidamente para a parada de ônibus e quando viu a linha 234 sinalizou. Ao entrar no ônibus gritou: “Quem é super herói aqui????”
O motorista do ônibus respondeu:
- Sou eu dona...
- Você?
- Sim... é que eu fui escolhido por São Tomas dos Poderes Supremos para ser um super herói.
- Mas você não tem cara de superherói e você é um motorista?
- Nunca ouviu falar de identidade secreta? – Perguntou o motorista que era careca, de barba e baixinho.
- E qual o seu poder?
- A super sorte trazida com esse pé de coelho fedorento – mostrou-o com orgulho.
- Ah?? – Ficou surpresa a mãe.
- Sabe como é né... os poderes tavam em falta e o São Tomas só tinha isso daqui... ele disse: “rapaz tu vai precisar de muita sorte.”
- Bom e o que você está esperando, vamos!!!!
- Espere... deixa eu acabar o meu turno.
(...)
Três anjos com cornetas douradas caíram do céu cantarolando: “Lá veeeeeem o Super Nada... ele é de nada um nada...” e aí apareceu ele, o moto... digo, o Super Nada com o seu símbolo remendando um rasgo no fundo de seu uniforme. Um dos anjos cobrou dele 50 reais.
- Pô, tá caro en?
- É a inflação.
O monstrengo já estava cansado de esperar.
- Vocês demoraram en? Eu tenho uma partida de pôquer com o Godzilla, o Ultraman e o Jaspion às 3 da tarde... é com você que eu vou lutar?
E o Super Nada vira o tamanho do monstrengo com quem iria lutar e ficou espantado. Ele avançou para cima do monstrengo e o mesmo para cima do Super Nada e... poowww o bebê fez cocô na fralda, deixando um cheiro fétido no ar.
(...)
- Me passa a fralda – Disse a mãe.
O Super Nada assim o faz.
- Desculpa aí... é que eu tenho um olfato sensível... – Disse o monstrengo.
- É... cada um tem a sua fraqueza... – Falou o Super Nada – “Ainda bem... santo cocô de menino pequeno.” – Agradecendo aos céus.
PS: Baseado numa tira de quadrinhos da extinta revista Heroí, de anos e anos atrás.