VIVIDOS, OUVIDOS E RIDOS - CAUSOS DE GAÚCHO - 20 - O DESAJEITADO BATISTA
O Batista era tão desajeitado para pegar as coisas e caminhar, que conseguiu enroscar-se (pronúncia de um r só) na ponta de uma tábua, que estávamos carregando. Enquanto nós comprávamos um guarda-chuva, ele estragava cinco, ao passar debaixo de um arco, a caminho de seu quarto, onde havia uma trepadeira. "Enroscava" nos galhos e puxava, brabo.
Tinha uma baita munheca, de dedos curtos e grossos. Como se atrapalhava ao usá-los, eu dizia que talvez tivesse que ralear um pouco, deixando só três em cada mão.
Caminhava com os braços separados do corpo, bem abertos. Um dia, resolveu levar o seu Mundial ( rádio) para arrumar, uma vez que ficara mudo. Acontece que devia passar por uma abertura de mais ou menos um metro, que havia num muro baixo do pátio. Com o rádio na mão, a "pouca" abertura não permitiu que passasse sem bater e "derubar" o "portate". Até que se saiu muito bem do "acidente". Com a queda, o rádio saiu falando e não precisou levar para o conserto.
Ao mesmo tempo, como acontece com criaturas semelhantes, deve ter sido guiado pela mão de Deus, num episódio com uma de minhas filhas, que havia colocado um gancho de cabide na boca e, desesperada, transpassara a bochecha com o mesmo. Na ocasião, a Michele tinha dois anos e estavam só os dois em casa. A menina, agarrada ao cabide, cada vez piorava a situação, rasgando, literalmente, a boca. O desajeitado foi quem tirou.
Explicação posterior dele:
— Eu só empurei com um dedo a ponta do arame e puxei com a outra mão!
Nota - este e outros causos fazem parte de um livro, estando os de 01 a 12 publicados em contos>causos e de 13 em diante em humor. O de nº 01 é sobre o Batista, essencial para conhecer esse personagem da maioria dos causos.
Tinha uma baita munheca, de dedos curtos e grossos. Como se atrapalhava ao usá-los, eu dizia que talvez tivesse que ralear um pouco, deixando só três em cada mão.
Caminhava com os braços separados do corpo, bem abertos. Um dia, resolveu levar o seu Mundial ( rádio) para arrumar, uma vez que ficara mudo. Acontece que devia passar por uma abertura de mais ou menos um metro, que havia num muro baixo do pátio. Com o rádio na mão, a "pouca" abertura não permitiu que passasse sem bater e "derubar" o "portate". Até que se saiu muito bem do "acidente". Com a queda, o rádio saiu falando e não precisou levar para o conserto.
Ao mesmo tempo, como acontece com criaturas semelhantes, deve ter sido guiado pela mão de Deus, num episódio com uma de minhas filhas, que havia colocado um gancho de cabide na boca e, desesperada, transpassara a bochecha com o mesmo. Na ocasião, a Michele tinha dois anos e estavam só os dois em casa. A menina, agarrada ao cabide, cada vez piorava a situação, rasgando, literalmente, a boca. O desajeitado foi quem tirou.
Explicação posterior dele:
— Eu só empurei com um dedo a ponta do arame e puxei com a outra mão!
Nota - este e outros causos fazem parte de um livro, estando os de 01 a 12 publicados em contos>causos e de 13 em diante em humor. O de nº 01 é sobre o Batista, essencial para conhecer esse personagem da maioria dos causos.