O Cabeção
Esta aconteceu no bar do José Leão, o Léo, no bairro Vale do Sol.
Desenvolveu-se a "cultura" entre seus frequentadores, de que toda vez que uma pessoa fosse chamada por algum apelido que não gostasse ou fosse comparada a alguma outra pessoa, o "ofensor" será "obrigado" a pagar uma cerveja.
Em alguns casos mais de uma, dependendo do "grau da ofença".
Tudo isso num clima de amizade e descontração lógico, como reza um bom grupo de amigos de copo.
Foi numa dessas brincadeiras que Geraldo Vilas Boas, vulgo Torrinha, na companhia de Tita, tomava sua cerveja tranquilamente, quando Luis Carlos Alexandre, o Baiano, também conhecido pela alcunha de Cabeção, adentrou ao recinto, passando por eles.
Imediatamente Torrinha perguntou a Tita, "Mas ele não tinha a cabeça muito grande não, né?" mudando completamente o rumo da conversa, só prá provocar nosso amigo da cabecinha privilegiada.
Mais que depressa Baiano dirigiu-se ao proprietário e disse: "Uma cerveja na conta do Torrinha, seu Léo".
Já não se aguentando de rir, Torrinha falou com falso ar de indignação: "Mas Baiano, se você pegar uma cerveja na minha conta, sua cabeça não vai diminuir, concorda?"
Foi aí que Tita e os demais frequentadores não seguraram as gargalhadas. Foi quando Baiano também rindo, é claro, pediu mais uma cerveja dizendo: "Essa, seu Léo, é na conta do Tita, por ter gostado de tudo isso".
Eu não estava presente neste dia, mas quem me contou foi o próprio Torrinha, em outra ocasião, desta vez no bar do Tião Féra.