BARANGA DO AÇOUGUE *33
BARANGA DO AÇOUGUE
Ao comprar uma cerveja estupidamente redonda em um açougue perto de minha casa fico surpreendido com a atitude da caixa que acabava de atender uma cliente. Ao virar para meu lado instintivamente ela leva o dedo mindinho em direção a sua boca e começa a dedilhar um dente parece-me lá do fundo. É lógico que tive um asco daquele ato ante-social me provocando ânsia de imediato. Veja só ela colocou o dedo na sua boca e quem teve o asco foi eu.
Percebendo ela a sua gafe continuo a cavoucar o dente com o dito cujo dedo mindinho indiferente ao asco que me provocou.
Acabei comprando a lata de ceveja e sai pensando ao ver seu corpo todo mau ajambrado:
- Vou coloca-la na minha lista de barangas, acho que é a de numero quatro.
Goiânia, 25 de outubro de 2009.